Notícias

SLC é afetada pela seca, mas projeta melhora em 2017

Veículo: Valor Economico 

Seção: Agronegócios 

A seca que atingiu lavouras da safra 2015/16 no Centro­Oeste do país e na região do "Matopiba" (confluência entre os Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) trouxe impactos significativos à produtividade da SLC Agrícola, uma das mais importantes produtoras de grãos e fibras do país. A companhia encerrou a atual safra 2015/16 de soja com um rendimento de 43 sacas por hectare, 16% abaixo das 51 sacas do ciclo anterior. "A escassez de chuvas reduziu ainda mais o potencial produtivo do algodão", acrescentou Aurélio Pavinato, CEO da SLC, em teleconferência com analistas ontem, para comentar os dados do balanço financeiro, divulgado na quarta­feira passada. 

De acordo com o executivo, a estimativa para a primeira safra de algodão foi reduzida de 1,41 tonelada para 1,25 tonelada por hectare em 2015/16, 17,8% aquém da 1,52 tonelada por hectare da temporada passada. Já a segunda safra da fibra deve alcançar a produtividade prevista (1,56 tonelada por hectare), disse Pavinato. Para a segunda safra (safrinha) de milho, em fase de colheita, a empresa revisou a expectativa de 6,18 toneladas para 5,38 toneladas por hectare, volume 23,7% inferior às 7,05 toneladas de 2014/15. 

As perdas de produtividade atingiram em cheio os resultados financeiros da SLC Agrícola, que encerrou o segundo trimestre de 2016 com um prejuízo líquido de R$ 74,5 milhões, ante resultado líquido positivo de R$ 43,1 milhões no mesmo período do ano passado. Em todo o primeiro semestre, a companhia contabilizou um prejuízo de R$ 77,2 milhões. Apesar do desempenho negativo, a companhia vê boas perspectivas para a próxima safra 2016/17, que começa a ser plantada em setembro. "Há boas probabilidades de consolidação do fenômeno La Niña no fim do ano, que historicamente trouxe bons volumes de chuvas para o Cerrado", afirmou Pavinato. 

Ainda conforme o CEO, a companhia já avançou nos hedges de soja e algodão para o novo ciclo, obtendo elevação dos preços em dólar ante este ano. Isso, combinado com um patamar de câmbio travado mais alto, leva a empresa a esperar um aumento próximo de 10% para os preços em real. "A isso se soma a previsão de redução nos custos de produção, com queda do câmbio e dos preços em dólar [dos insumos]. Temos assim a expectativa de usufruir de condições favoráveis de rentabilidade na próxima safra", disse Pavinato. O CEO adiantou que a tendência é de "leve aumento" nas áreas plantadas com soja e milho em 2016/17. A companhia divulgará no início de outubro sua previsão de plantio. 



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar