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Comissão aprova relatório e impeachment segue ao plenário no Senado

Veículo: Valor Economico 

Seção: Política 

 Por 14 votos a 5, os senadores que integram a comissão do impeachment aprovaram o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB­MG), favorável à pronúncia, ou seja, à procedência da acusação que pode levar à cassação do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff. O senador Wellington Fagundes (PR­MT) não esteve presente, por conta do falecimento de um amigo, mas declarou ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, que votará pelo prosseguimento do caso. Presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB­PB) não votou.

Considerado um dos senadores sobre os quais pairava dúvida em relação ao voto, Cristovam Buarque (PPS­DF) declarou que votará contra Dilma no plenário – ele não é titular da comissão. “Tenho idade suficiente para lembrar de 1964. Não há nenhum tanque de guerra na rua, a não ser por conta das Olimpíadas. Não sou golpista, mas não vou dar meu voto por medo de assim ser chamado”, declarou, sendo aplaudido pela base governista do presidente interino Michel Temer. A sessão, que começou às 9h40, foi relativamente tranquila. No único momento de maior acirramento de ânimos, Lira (PMDB­PB) mandou retirar dos registros a expressão “relatório fraudulento”, dito pela senadora Fátima Bezerra (PT­RN). Petistas como Lindbergh Farias (RJ) protestaram. “Minha fala será toda baseada nisso. Não pode nos censurar. É fraude, fraude e fraude”, disse. O senador de fato repetiu a expressão várias vezes em seu pronunciamento. Lira rebateu. “Quando chamaram o PT de quadrilha aqui, mandei retirar também”. O presidente manteve a decisão da retirada. Os protestos voltaram a ocorrer ao final da sessão. 

Antes mesmo da divulgação do resultado, os defensores de Dilma admitiam a derrota nos discursos. No total, 22 senadores falaram. Com a conclusão desta fase, a comissão do impeachment encerrou seus trabalhos. A pronúncia segue agora para a análise do Plenário do Senado, a partir do dia 9. Caso a maioria simples dos senadores (metade mais um dos presentes à sessão) decida pela continuidade do processo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, marcará data para o julgamento final. Se dois terços (54) dos senadores votarem pela condenação, Dilma será destituída em definitivo da Presidência da República. 



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