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Bovespa sente peso de Petrobras e cai; dólar sobe com cena exterior

Veículo: Valor Economico 

Seção: Finanças 

O Ibovespa opera em queda leve, com peso do petróleo sobre Petrobras. O índice chegou a subir 0,73% logo após a abertura, puxado por ações de mineração e siderurgia, mas diminuiu o desempenho com influência de Petrobras, que virou sob o peso do petróleo. O Ibovespa caía 0,52% às 13h25, para 57.011 pontos. Petrobras ON recua 4,13% e a PN cai 2,6%. Ambos os papéis movimentam R$ 400 milhões, ou 16% da Bovespa. Petrobras subiu fortemente na sextafeira depois que o Conselho de Administração da empresa aprovou a venda de sua participação no bloco exploratório BM­S­8, localizado na Bacia de Santos, para a Statoil Brasil Óleo e Gás. O Credit Suisse disse em nota a clientes que o negócios fechado com a Statoil teve valuation atrativo. Para o banco, a venda parece fazer bastante sentido para a Petrobras, pois traz para o presente um caixa que só estaria disponível em um futuro razoavelmente distante. 

Hoje, as cotações do petróleo pressionam a empresa. O barril nos EUA cai 2% e em Londres recua 1,93%. As ações da Natura caíam 4%, após avançarem mais de 22% nos últimos dois pregões. Os investidores embolsam parte dos lucros obtidos depois de números acima do esperado no segundo trimestre. 

Embraer cai 1,61%. Na sexta­feira, os papéis despencaram, com queda de 15,45%, depois de a companhia anunciar um inesperado prejuízo trimestral e de cortar estimativas de encomendas e de receita em 2016. Do outro lado, as maiores altas são de Usiminas PNA (9%), Gerdau Metalúrgica PN (5,5%), Gerdau PN (3,09%) e Bradespar PN (2,96%). Vale ON sobe 0,43% e Vale PNA ganha 1,46%. 

Fora do Ibovespa, as ações da varejista farmacêutica Brasil Pharma disparam, com ganho de 32,5%. A companhia vive uma reestruturação financeira, que inclui a aprovação, pelo conselho de administração, da quinta emissão de debêntures simples, no valor de R$ 377,7 milhões, em 13 de julho deste ano. 

Dólar

O dólar opera em alta contra o real, devolvendo metade da queda da sextafeira. Segundo profissionais, o ambiente externo é o principal “driver” para os ganhos da moeda hoje, com o aprofundamento do “bear market” em que entrou o petróleo pesando sobre divisas correlacionadas às commodities em geral. O baixo volume de negócios acaba favorecendo oscilações mais expressivas no câmbio doméstico, que sem o fluxo positivo verificado na sexta acaba mais pressionado. 

de oscilação do dólar nas últimas semanas (entre R$ 3,25 e R$ 3,30) indica que o mercado está em modo de espera por uma série de definições no campo doméstico, especialmente a votação final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. “O mercado não continua vendendo dólar porque acha que o impeachment já pode estar no preço, mas também não sai comprando porque há expectativa de fluxo positivo após a saída definitiva. Por enquanto eventos de curto prazo é que vão mexer mais com o mercado”, diz, referindo­se sobretudo ao “payroll” americano de julho, com divulgação prevista para sexta­feira. 

O dólar comercial sobe 0,70%, a R$ 3,2655, depois de alcançar R$ 3,2704. Na sexta­feira, o dólar caiu 1,62%. No mercado futuro, o dólar para setembro ­ com menos de 100 mil contratos negociados até o momento ­ tinha alta de 0,72%, a R$ 3,2995, após marcar R$ 3,3040 na máxima. 

Juros

A melhora da expectativa para a inflação em 2017, confirmada pela pesquisa Focus, concentrou as atenções dos investidores no mercado de juros nesta manhã. As taxas iniciaram a sessão em queda, reagindo à percepção de que a postura mais firme do Banco Central na condução da política monetária surte efeitos importantes no cenário traçado pelos analistas. O movimento não foi maior, no entanto, por causa do dólar, que ganhou terreno em relação ao real, devolvendo parte da forte queda observada na sexta­feira. O DI janeiro/2017 opera a 13,975%, ante 13,97% na sexta­feira; DI janeiro/2018 opera a 12,82%, ante 12,83%; DI janeiro/2019 opera a 12,22% (12,28% na sessão passada) e DI janeiro/2021 recua a 11,95%, de 11,98%. 



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