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Produção industrial cai menos e expectativa tem variação positiva

Veículo: Valor Economico 

Seção: Brasil 

A Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) traz para o campo dos dados palpáveis a melhora de percepção com relação à atividade que se constrói nas últimas semanas. O indicador de expectativas teve nova variação positiva, atingindo o melhor patamar desde setembro de 2014. Já no lado real, a contração continua, mas em ritmo menos acentuado. A questão agora é em quanto tempo essa melhora esperada vira produção efetiva. O índice de expectativa de demanda atingiu 52,9 pontos em julho, mantendose pelo segundo mês acima de 50 pontos, o que sinaliza previsão de aumento da demanda nos próximos seis meses. A melhora é disseminada em todas as regiões e portes de empresas e é puxada pela indústria de transformação, já que a extrativa mostrou queda na passagem de junho para julho. 

Já o índice de expectativa de exportação oscilou dentro da margem de erro de 52,5 pontos em junho para 51,8 em julho e continua também acima da linha divisória de 50 pontos. E o índice de expectativa de compras de matérias­primas variou 2,3 pontos. Segundo a CNI, com 50,8 pontos, o indicador chega à linha divisória de 50 pontos pela primeira vez desde outubro de 2014. 

O índice de expectativa de emprego vem crescendo desde janeiro e registrou 46,3 pontos em julho. O valor indica expectativa de queda do emprego, mas como o índice vem se aproximando dos 50 pontos, a indicação é de redução do ritmo de queda do emprego. No lado dos dados observados, o indicador da evolução da produção subiu de 45,5 pontos em maio para 46,6 pontos em junho. Um ano antes, o indicador estava em 40,3 pontos. A linha de corte entre retração e expansão da produção de 50 pontos, não é cruzada desde outubro de 2014. 

50 pontos, marcando 52,4 no mês passado, contra 50,5 em maio e 45,8% em junho de 2015. Na indústria de transformação, o indicador apontou 47,3 pontos em junho, vindo de 46,3 em maio e 45,3 um ano antes. A utilização da capacidade instalada (UCI) permanece estável em 64% desde março de 2016. Os dados da CNI também apontam que os estoques intensificaram a queda em junho e apresentaram o oitavo mês de retração, o que reforça a expectativa de se não de retomada, ao menos de recomposição. O índice de evolução de estoques de produtos finais registrou 47,8 pontos, valor 1,1 ponto menor que maio. 

O índice que capta a evolução no número de empregados subiu a 44,6 em junho vindo de 43,7 pontos em maio. O empresariado, no entanto, mostra forte insatisfação com a situação financeira e com a margem de lucro. Depois de atingirem seus mínimos históricos no primeiro trimestre, os índices de satisfação com a situação financeira e com a margem de lucro aumentaram 1,6 ponto (39,5) e 2,2 pontos (34,9), respectivamente, no segundo trimestre. 

Já o índice de facilidade de acesso ao crédito continua em 29 pontos, menor da série histórica iniciada em 2007. A CNI aponta, ainda, que a queda na produção e a alta ociosidade mantêm baixa a intenção de investir. O índice de intenção de investimento ficou praticamente estável, subindo 0,2 ponto para 41,4 pontos em junho. 



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