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Janot pede para investigar vazamento sobre pemedebistas

Veículo: Valor Economico

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O procurador­geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao diretor­geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, que abra inquérito para apurar o vazamento de informações sobre os pedidos de prisão feitos contra a cúpula do PMDB. O pedido foi encaminhado ontem à noite e corre em sigilo. Há cerca de três semanas, Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do ex­presidente da República José Sarney e do senador Romero Jucá, todos do PMDB, por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava­Jato. Janot também pediu a prisão do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha por tentativa de prejudicar as investigações, mesmo estando fora do cargo. O STF ainda não decidiu os pedidos, que correm em sigilo.

A divulgação dos pedidos de prisão antes de uma decisão do STF levou a teorias sobre a origem das informações, com insinuações de que elas teriam partido da Procuradoria­Geral da República (PGR). O ministro do STF Gilmar Mendes fez críticas duras ao vazamento. Em discurso na sexta­feira, Janot declarou que o vazamento não veio da PGR e criticou afirmações nesse sentido. "Figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter decoro, tentam disseminar a ideia estapafúrdia de que o procurador­geral da República teria vazado informações sigilosas para, vejam o absurdo, pressionar o Supremo Tribunal Federal e obrigá­lo a decidir em tal ou qual sentido, como se isso fosse verdadeiramente possível", disse o procurador.

"O vazamento não foi da PGR. Aliás, envidarei todos os esforços que estiverem ao meu alcance para descobrir e punir quem cometeu esse crime. Como hipótese investigativa inicial, vale a pergunta: A quem esse vazamento beneficiou? Ao Ministério Público não foi", disse Janot no discurso. 



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