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Será o cenário do mercado aquele que vai vingar?

Veículo: Valor Economico

Seção: Finanças 

Ampliando a discussão sobre o "timimg" do retorno do ciclo de aperto de juros americanos, o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) de St. Louis, James Bullard, discutiu a "Normalização lenta ou Não Normalização" em um fórum realizado na segunda­feira, em Pequim, na China. 

Bullard, que tem direito a voto no comitê de política monetária (Fomc) neste ano, observou que as recentes discussões de política monetária americana têm sido dominadas por questões relacionadas com o possível ritmo do aumento das taxas. 

O presidente do Fed de St Louis, discutiu dois pontos de vista sobre a trajetória da taxa de política esperada: o cenário do Fomc e o cenário base do mercado.

No cenário do Fomc, mostrado no resumo das projeções econômicas, o Fed aponta para a normalização lenta, "dependente de dados e os aumentos feitos gradualmente ao longo dos próximos anos, desde que a economia evolua conforme o esperado ", disse. "As previsões baseadas no mercado, em contraste, preveem "quase nenhuma normalização", ou seja, a meta para a taxa de juros seria alterada "apenas algumas vezes nos próximos anos". 

Também em discurso ontem, o presidente do Fed de São Francisco, John Williams, reforçou sua convicção de que o BC americano elevará as taxas de curto prazo de duas a três vezes neste ano, a partir da atual meta de taxa overnight de 0,25% para 0,50% ao ano. Williams falou no conselho de Relações Exteriores em Nova York. 

Para Bullard, a projeção mediana do Fomc para a taxa de juros sugere um ritmo gradual de aumentos ao longo dos próximos anos. Ao mesmo tempo, a expectativa baseada no mercado para a taxa de juros quase não prevê nenhuma normalização ao longo dos próximos anos. Qual estará certa? 

"Evidências advindas do mercado de trabalho [em pleno emprego], leituras reais de inflação [em reação] e influências [mais tranquilizadoras] sugerem que a projeção mediana do Fomc pode ser a mais correta", disse Bullard. 

Entretanto, "as evidências obtidas a partir de recentes leituras sobre o crescimento do PIB [fraco] e as expectativas de inflação baseadas no mercado [ainda bem abaixo da meta] sugerem a visão de mercado para a trajetória da taxa de política pode ser mais correta". 



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