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Crise e calor acima da média pressionam Lojas Renner

Veículo: Reuters

Seção: Notícias

Temperaturas mais altas e a recessão no país pressionaram os resultados da Lojas Renner no primeiro trimestre, mas a expectativa de clima mais ameno a partir desta semana pode ajudar as vendas, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Laurence Gomes.

A varejista divulgou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 65,5 milhões de reais entre janeiro e março, queda de 10,5 por cento na comparação anual.

“Foi um trimestre positivo, considerando a forte base de comparação do ano passado e o ambiente promocional em que a gente conseguiu expandir a margem bruta. Foi a melhor margem bruta para um primeiro trimestre em seis anos”, disse o Gomes. A margem bruta das operações de varejo foi de 55,6 por cento.

A receita líquida aumentou 6,5 por cento no período, a 1,076 bilhão de reais.

Segundo Gomes, o resultado “poderia ter sido melhor” se a Renner não tivesse enfrentado questões internas -já resolvidas-, como a falta de produtos leves num momento de temperaturas mais elevadas do que a média. “Se excluíssemos os itens de inverno, teríamos crescimento de dois dígitos”, disse.

Segundo o executivo, a Renner também teve maior rigor no controle de qualidade, o que atrasou a chegada de alguns produtos, além de ter postergado importações, causando problemas como atraso de fornecedores.

As vendas no quesito mesmas lojas (abertas há mais de um ano) subiram apenas 1,3 por cento, ante 16,5 por cento na mesma etapa de 2015.

Por enquanto, a performada uma frente fria e a gente espera normalização das vendas daqui para frente”, disse Gomes.

A empresa mantém o plano de abrir 25 Lojas Renner (ante 27 em 2015), 15 Camicado (10 um ano antes) e 20 Youcom (12 em 2015) este ano.

No trimestre, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado total caiu 6,5 por cento na comparação anual, a 185,8 milhões de reais.

Do lado financeiro, as perdas no cartão Renner, líquidas das recuperações, atingiram 1,8 por cento sobre a carteira total no primeiro trimestre, ante 2,4 por cento no mesmo período de 2015.

Para a Renner, a melhora refletiu medidas adotadas desde 2014, com maior restrição na concessão de créditos e manutenção de limites aprovados, além de maior eficiência na cobrança.



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