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Para estrategista, mercado ficará instável até votação do impeachment

Veículo: Folha de São Paulo

Seção: TV Folha 

Os investidores do mercado de capitais adotaram uma posição binária em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco japonês Mizuho no Brasi, entrevistado da "TV Folha".

Quando o noticiário revela fatos que tornam o impeachment mais provável, como uma nova revelação da operação Lava Jato ou o "desembarque" do PMDB do governo, o dólar recua e a Bolsa sobe. Já a reação do governo para segurar os demais partidos da base aliada, como ocorreu no último final de semana, tende a reduzir a euforia com a possibilidade de troca no governo, levando à alta da moeda americana e à baixa nos preços das ações.

Segundo Rostagno, a predileção dos investidores pelo impeachment se deve ao aumento da probabilidade de um governo Michel Temer (PMDB) de adotar medidas que levem ao equilíbrio das contas do governo. "O mercado não tem ideologia nem partido; quer saber quem tem força política para tomar medidas difíceis, mas necessárias para a retomada da confiança", disse.

Para o estrategista, o sobe-desce dos mercados deve continuar forte nas próximas duas semanas, conforme for se aproximando a votação do impeachment na Câmara dos Deputados. Até lá, afirma ele, os investidores vão contar voto por voto a favor e contra a presidente Dilma Rousseff.

Na entrevista, Rostagno falou ainda sobre as perspectivas para um eventual governo de Michel Temer, além da dificuldade do Banco Central em controlar a inflação.



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