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Monitor do PIB aponta alta de 0,13% na atividade em janeiro, nota FGV

Veículo: Valor

Seção: Economia

SÃO PAULO ­ O Monitor do PIB, indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV) que estima as Contas Nacionais a cada mês, mostrou pequena alta na atividade econômica pelo segundo mês consecutivo.

O indicador subiu 0,13%, em janeiro de 2016, na comparação com dezembro de 2015, quando havia avançado 0,06%. De acordo com a FGV, os dois resultados mensais positivos em sequência podem estar sugerindo uma “discreta estabilidade” na atividade econômica. Na comparação de janeiro com dezembro, o agregado da indústria teve aumento de 0,56%, influenciado principalmente pelo bom resultado da indústria de transformação (+3,87%). Por sua vez, o agregado de serviços teve queda de 0,64%, resultado influenciado pelos transportes (­2,07%) e outros serviços (­1,28%).

O comércio subiu 0,06%. No lado da demanda, o consumo das famílias aumentou 1,92% em janeiro ante dezembro, depois de ter recuado 1,61% em dezembro. O consumo do governo subiu 4,18% e a formação bruta de capital fixo avançou 8,39%. As exportações caíram 2,28% e s importações subiram 7,48%. No confronto com janeiro de 2015, contudo, houve queda, de 6,1%, a maior nesse tipo de comparação desde o início da série do monitor, em 2000. Em 12 meses, o indicador saiu de baixa de 3,8% em dezembro de 2015 para decréscimo de 4,1% na abertura de 2016.

A taxa acumulada em 12 meses cai há 23 meses e tornou­se negativa há 13, ou seja, em janeiro de 2015. Considerando o confronto anual, das 12 atividades que compõem o PIB, não apresentaram taxas negativas a agropecuária (+1,5%) e a eletricidade (+2,7%). Os piores resultados são da indústria de transformação (­14,4%), comércio (­13,1%) e transportes (­10,5%). O consumo das famílias declinou 5,4% nessa comparação, e o do governo subiu 1,7%. A formação bruta de capital fixo cedeu 15,5%. A exportação teve elevação de 5,8% e a importação diminuiu 24,5%.

Do lado da demanda, a taxa de variação acumulada em 12 meses de todos os componentes se tornam mais negativos até janeiro, à exceção das exportações que se torna mais positiva (+6,7%) e o consumo do governo que abrandou a queda de 1% para baixa de 0,9%. O pior resultado é o da Formação Bruta de Capital Fixo, um indicativo de investimento (­14,3%). O componente ‘máquinas e equipamentos’ caiu 28,1% em 12 meses. Ainda em 12 meses, o consumo das famílias declinou 4,3%. Seu principal componente, com participação de cerca de 50%, os serviços (transportes, outros serviços, aluguéis, etc.), inicia o ano de 2016 com taxa acumulada de 12 meses negativa em 1,4%.

O segundo componente mais importante, os bens não duráveis (alimentos, bebidas, combustíveis etc., com 27%, em média de participação), apresenta na mesma comparação taxa negativa de 2,9%. O agregado dos bens semiduráveis (vestuário, borracha, plásticos, etc.) registrou recuo de 8,4%, enquanto que o agregado de bens duráveis (veículos, eletrodomésticos, nacionais e importados) iniciou o ano de 2016 com queda de 17,3%. Em 12 meses até janeiro, as exportações aumentaram 6,7%, as importações declinaram 15,5%.

(Valor | Valor)



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