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Zara lança a sua primeira linha de moda “sem gênero”

Veículo: Live Style - Publico

Seção: Notícias

A gigante da moda rápida, do grupo Inditex, lançou uma linha de dez básicos unissexo. Na Internet surgiram algumas críticas.
 

A linha Ungendered (“sem género”, em tradução livre) está disponível paracompra online desde segunda-feira – são dez peças, incluindo t-shirts e casacos com capuz de algodão, tops de alças ou jeans e calças em tons neutros como o branco, cinza e azul-escuro e manequins masculinos e femininos a vesti-los. Mas na Internet os consumidores não acreditam que a gigante espanhola queira quebrar estereótipos e criticam as peças “aborrecidas” e “largas”.

“O lançamento desta colecção-cápsula é resultante e está organicamente ligada à nossa proximidade com os clientes – uma proximidade que tem um papel intrínseco no processo de criação. As nossas propostas são retiradas das suas necessidades e procura”, justificou um porta-voz do grupo Inditex, em comunicado.

O site norte-americano Mashable escreve que a nova oferta da Zara consiste em “peças básicas que já eram indiscutivelmente sem género pelo seu estilo” e compila vários tweets que aparecem nas redes após o anúncio da nova linha. “Quando é que vamos ultrapassar esta ideia de que roupa sem género é igual a t-shirts básicas e calças de moletom?”, questiona um utilizador. Outro critica os modelos “baggy” e “masculinos” apenas para pessoas altas e magras e há quem pergunte se esta linha sem género também terá vestidos, túnicas e padrões florais.

Os preços das peças variam entre os 9,95 e os 29,95 euros. A Zara não é a primeira marca a lançar uma linha de peças sem género – os armazéns londrinos Selfridges, por exemplo, criaram um departamento novo dedicado a este tipo de peças em 2015.

Lorna Hall, do gabinete de tendências WGSN, explica ao britânico Telegraphque este tipo de peças já aparece nos relatórios de previsões de tendências desde 2013. E esta é uma tendência que irá durar, explica: “Porque não é só uma coisa da moda, é uma coisa da sociedade. Por isso, embora possa aumentar e diminuir, o seu impacto será duradouro na forma como nos vestimos. Dito isto, quando olhamos globalmente, há alguns mercados que adoptam [este estilo] facilmente e outros onde será mais difícil vê-lo nomainstream. Ainda não teve um impacto real no Brasil ou na Austrália, por exemplo, onde os estereótipos de género continuam bastante rígidos em termos de moda.”

 



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