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Vem pra rua, por ULRICH KUHN

Veículo: Jornal de Santa Catarina. 

Seção: Artigo. 

Mais educação, mais saúde, mais justiça. O fim da corrupção. O dinheiro público aplicado corretamente. A ética e o respeito ao contribuinte como os alicerces do governo. São os pleitos mais básicos e justos e, mesmo assim, constante e repetidamente tão negligenciados.

Todos os nossos limites como cidadãos já foram testados. A saúde há muito deixa a desejar. A “Pátria Educadora” é apenas um belo slogan. A Justiça, querem calar. A corrupção, eu e tantos outros especialistas, arriscamos afirmar que gerou a crise mais grave da história do Brasil. É uma vergonha nacional e está enraizada em todos os cantos, como uma erva daninha.

Não é possível nos calarmos, mesmo que o sentimento seja de impotência diante de tanta ilicitude. Este país é dos brasileiros e não de um governo. O nível de impostos pagos por nós está entre os mais altos do mundo, ficando em torno de 35%. Somos os maiores acionistas deste país: é com o nosso dinheiro que a máquina do governo roda. É com os investimentos das indústrias nacionais e os esforços dos trabalhadores que as esferas governamentais se sustentam. O dinheiro público é meu, é seu e de todos os contribuintes. Não pode ser desviado e roubado de nós.

Por isso, mais uma vez, chegou a hora de mostrarmos nossa insatisfação, como um chefe que dá uma advertência a seu subordinado, um árbitro de futebol que apresenta um cartão amarelo a um jogador indisciplinado, e um pai que chama a atenção do filho porque o ama e lhe quer bem.

Queremos um Brasil melhor. E, novamente, temos que nos unir para dar voz a nossos pleitos. O povo às ruas, pela terceira vez em um ano, vai de fato resolver a situação do país? Infelizmente, não! Mas, que saiamos quantas vezes forem necessárias até que nossa voz seja ouvida e nossas justas demandas atendidas. A mudança tem de começar e, para que ela aconteça, nossa atitude diante de tudo que estamos vivenciando é fundamental.

O próximo passo é mostrar nossa indignação nas urnas. Desejo profundamente que não percamos a fé no Brasil, nem na política. A democracia percorreu um longo caminho até aqui e precisa continuar. Lutemos por um Brasil melhor! Vem pra rua em 13 de março!

Presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário.



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