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Klabin foca celulose, mas já avança em novo investimento

Veículo: Valor Econômico 

Seção: Empresas 

Às vésperas de colocar em operação uma nova fábrica de celulose, a Klabin, maior fabricante brasileira de papéis para embalagens, já está trabalhando na implantação de mais uma máquina de cartões. O projeto poderá ser submetido ao aval do conselho de administração em meados deste ano, após a conclusão da pré­engenharia e de negociações com clientes. 

De acordo com o diretor­geral da companhia, Fabio Schvartsman, a pré­ engenharia está "em franco andamento" e deve estar pronta no primeiro semestre. "A Klabin evolui nas negociações com clientes e, com isso, o projeto será submetido à aprovação do conselho", disse a analistas. "Temos tomado cuidado ao falar sobre esse assunto para não tirar o foco de garantir um bom início de operação da nova fábrica de celulose." 

A Klabin pretende implantar no Paraná uma máquina de cartões com capacidade de produção de 500 mil toneladas por ano e investimento estimado em US$ 800 milhões, com provável início de operação em 2017. Os planos incluem ainda outra máquina, com possível partida em 2019 conforme as condições de mercado. 

A fábrica de celulose em Ortigueira (PR) está a pouco mais de 30 dias de entrar em operação. Ontem, Schvartsman confirmou a meta de início de produção em março. O chamado Projeto Puma está em fase de comissionamento (teste de todos os equipamentos). 

A nova linha poderá produzir 1,5 milhão de toneladas por ano de celulose de fibra curta e longa, que poderá ser convertida em fluff (usada na fabricação de fraldas descartáveis e absorventes). Conforme o executivo, a companhia vendeu 100% da produção de celulose de fibra curta ­ incluindo outros clientes além da Fibria, que no ano passado firmou acordo comercial para comprar parte dessa matéria­prima ­ e 70% da produção de fibra longa e fluff previstas para 2016. 

O início de produção em Ortigueira e a manutenção da trajetória de crescimento do resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 2016 colocarão a companhia em processo de desalavancagem financeira de "rapidez fulminante", de acordo com Schvartsman. Em dezembro, a dívida líquida da Klabin correspondia a 6,3 vezes o Ebitda em reais. 

Em termos de resultados, a Klabin prevê nova rodada de expansão dos resultados e aumento das exportações, "especialmente" no primeiro trimestre. 

 



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