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Dólar segue exterior e vai a R$ 3,96

Veículo: Valor Econômico

Seção: Finanças 

O ambiente externo de menor apetite por ativos de risco, diante de uma nova rodada de queda do preço do petróleo, contribuiu para a alta do dólar e taxas de juros futuros na BM&F ontem. 

No caso das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimentos mais curtos, o avanço foi acentuado pelo dado acima do esperado do IPCA­15 de fevereiro, que contribuiu para enfraquecer as apostas em um corte da taxa básica de juros neste ano. 

A inflação medida pelo IPCA­15 acelerou em fevereiro para 1,42% ante alta de 0,92% em janeiro. O dado veio acima da média das projeções dos analistas consultados pelo Valor Data, que era de avanço de 1,28%. O índice de difusão, que mede quão difundido está o aumento dos preços, aumentou de 75,3% em janeiro para 77,5% neste mês. 

A taxa do DI na BM&F para janeiro de 2017 subiu de 14,18% para 14,21% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 avançou de 14,63% para 14,67%. Já o DI para janeiro de 2021 subiu de 15,5% para 15,62%. 

O Banco Central tem afirmado que a inflação corrente alta é um dos elementos que mais tem pesado sobre as expectativas e, por isso, não contempla corte da Selic neste momento. 

Para o diretor de pesquisas econômicas do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, há mais motivos para a inflação permanecer alta do que ceder. Ele cita o risco de repasse da depreciação cambial aos preços, além dos efeitos da indexação, que mantêm a inércia inflacionária alta. "Isso torna altamente provável que a inflação em 2016 fique pelo segundo ano consecutivo acima do teto da banda da meta, de 6,5%." 

Já as taxas dos contratos futuros com vencimentos mais longos passaram por uma correção diante do cenário de maior aversão a risco no exterior, com a queda do preço do petróleo e alta do dólar frente às moedas emergentes. 

A curva de juros projeta uma alta de 0,16 ponto percentual da Selic neste ano. Ou seja, na prática, o mercado prevê estabilidade da taxa básica em 14,25% em 2016. 

Um dos elementos decisivos para a política monetária será o desempenho do câmbio.

Ontem, o dólar subiu 0,27%, encerrando a R$ 3,9602. 

O mercado de câmbio local acompanhou a valorização do dólar frente às principais moedas emergentes, sustentado pela queda do preço do petróleo, que afetou principalmente as divisas atreladas a commodities. 



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