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4 empresas que superaram um momento de crise

Veículo: Finanças Femininas 

Seção: Notícias 

O contexto de crise no Brasil está dificultando a vida de trabalhadores, famílias e empresários. Estes últimos terminaram o difícil ano de 2015 cientes de que os problemas persistiriam em 2016. De acordo com o Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE), organizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 79% dos micro e pequenos empresários avaliaram que a economia piorou nos últimos seis meses.

Já os donos de empresas de médio e grande porte também estiveram pessimistas ao longo do ano. Segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a confiança deste grupo ficou em 36,5 pontos, em janeiro. O resultado foi 7,9 pontos inferior ao registrado no mesmo mês de 2015 e 18,4 pontos abaixo da média histórica, de 54,9 pontos.

 

Claro que, em tempos de crise, fica mesmo difícil apostar em novas ideias para o seu negócio, ou até mesmo, começar um novo empreendimento do zero. Mas uma crise econômica não significa que os negócios não podem prosperar nem crescer.

As empresas abaixo superaram momentos de crise e dão exemplos de que, com um bom planejamento e muita dedicação, é possível manter-se em pé e ainda recuperar as perdas.

Hering

A empresa catarinense não tinha a popularidade de hoje até meados dos anos 90, quando nasceu como a primeira indústria têxtil brasileira. Os negócios iam bem até o período do governo Collor. No entanto, diante da crise econômica ocorrida naquela época, a empresa teve que diminuir o ritmo de produção para se transformar em uma marca varejista.

A primeira Hering Store abriu as portas em 1996, mas a expansão não deslanchou. A empresa não estava pronta para sair de um sistema de economia fechada e aventurar-se em uma economia estável e com acesso a importações, competindo com lojas de fabricantes asiáticos e preços mais baratos.

As dívidas estavam quase saindo do controle, quando a administração decidiu assumir de vez o perfil de rede varejista e vender franquias para a marca se espalhar pelo país, sem deixar de mostrar a sua identidade. Assim, a Hering recuperou a margem operacional e zerou a dívida líquida.

Clear Clean

Enquanto o setor de serviços vem sucumbindo à crise e está começando a demitir para cortar gastos, a Clear Clean se estrutura como uma rede de micro franquias de serviços de limpeza residencial e comercial.

De acordo com a Sondagem de Serviços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizada em janeiro, 34,8% das empresas de serviços administrativos e complementares reclamaram de demanda insuficiente. Cerca de 27% das entrevistadas pretendiam demitir nos próximos três meses. Já a Clear Clean conseguiu consolidar novas franquias e agora atua em nove estados.

A empresa nasceu em abril de 2013, depois de uma viagem de um dos fundadores para a Europa, quando ele conheceu o serviço. A empresa teve grande procura logo no início. Por isso, os sócios Clóvis Campos e Douglas Barbosa decidiram franquear o modelo de negócio.

Em 2014, já com a ameaça da crise aparecendo, a empresa faturou em torno de R$ 1,3 milhão, com menos de um ano de funcionamento. Entre as estratégias para este crescimento em tempos de crise, está a inclusão de novos serviços: limpeza e impermeabilização de estofados, além da limpeza de carpetes.

Flores Online

Nas palavras oficiais da Flores Online, fundada em 1988, a empresa é o primeiro e-commerce de flores e presentes do país.

A companhia também se firmou em meio à crise atual, faturando R$ 40 milhões em 2014. A virada aconteceu quando a empresa deixou de apostar somente em clientes de pessoa física. As vendas passaram a abranger o mercado corporativo, com kits personalizados e exclusivos para marcas, muito procurados especialmente em datas comemorativas.

Pão de açúcar

O grupo Pão de Açúcar também sofreu com o plano Collor de 1990. Neste período, o endividamento da companhia cresceu, enquanto outras empresas do mesmo seguimento evoluíam com os hipermercados.

Durante o período de recessão, a empresa afastou-se do cliente como marca, ao mesmo tempo em que lidava com taxas de juros de 40% ao ano e retração da demanda.

Já em 1991, o Grupo Pão de Açúcar iniciou um processo de reestruturação, começando pela venda de suas agências de automóveis, bancos e tudo que não tinha vínculos com o negócio principal: supermercado de varejo.

Em seguida, o grupo passou por uma mudança estratégica interna para quebrar a antiga estrutura de poder. O objetivo era substituir o estilo de gestão vigente naquele momento por novos modelos de lideranças e incentivo aos funcionários. Por fim, com o intuito de captar recursos, o Grupo abriu capital com ações no mercado brasileiro e adotou outras estratégias que resultaram em uma recuperação histórica.

Em 1995, a empresa já tinha faturado o montante de US$ 100 milhões para poder se reestruturar por completo.



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