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Produção têxtil deve subir 9%, diz Abit

Veículo: Valor

Seção: Economia

O setor têxtil e de confecção encolheu em 2015. As previsões para este ano são ainda de retração no mercado de vestuário, mas de recuperação na produção e nas exportações de tecidos, fios e produtos de cama, mesa e banho. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) projeta para 2016 aumento de 9% na produção têxtil, para 2,08 milhões de toneladas. Para o segmento de vestuário, a perspectiva é de queda de 1,8%, para 5,4 bilhões de peças. Em 2015, a produção têxtil caiu 14,5% em volume, para 1,9 milhão de toneladas, e a produção de vestuário recuou 10%.

A produção acompanhou a retração do consumo no país. O varejo de vestuário encolheu 8%, para 6,45 bilhões de peças. Para 2016, a previsão é de uma nova queda, de 4,8%. "A perspectiva é de retração ainda no primeiro semestre, com possível estabilização na segunda metade do ano", disse Rafael Cervone, presidente da Abit. O executivo considera como fator positivo a substituição de parte das importações por produção nacional. Em 2015, as importações do setor tiveram queda de 17,4%, para US$ 5,85 bilhões.

As exportações encolheram 8,2%, para US$ 1,08 bilhão. O déficit da balança comercial foi de US$ 4,8 bilhões, 18,6% menor do que em 2014. Para 2016, a previsão é de um déficit na balança comercial de US$ 3,4 bilhões, com queda de 22,4% nas importações, para US$ 4,5 bilhões, e aumento de 1,5% nas exportações, para US$ 1,1 bilhão. De acordo com a Abit, o faturamento do setor têxtil e de confecção chegou a R$ 121 bilhões em 2015, o que representou uma queda de 3,9% em relação a 2014.

Para este ano, a previsão é de aumento de 4,9%, para R$ 127 bilhões. Esse ganho será obtido com exportações e reajuste de preços no mercado doméstico, segundo a Abit. Com esse desempenho, o setor volta aos níveis de 2014. Em relação ao nível de emprego, o setor fechou 100 mil postos de trabalho no ano passado, passando a empregar 1,5 milhão de pessoas. Para 2016, a expectativa é de uma manutenção no nível de empregos. "As indústrias estão mais preparadas. Mas ainda há muita falta de previsibilidade, que atrapalha as indústrias, mas parte delas já informou que vai elevar investimentos, que é um sinal de melhora", afirmou Cervone.

A Abit estima que o setor vai investir R$ 2,8 bilhões este ano, 12,1% mais do que em 2015. No ano passado, as indústrias reduziram os investimentos em 2,7%.



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