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Em nível baixo, confiança de comerciantes sobe 4,4%

Veículo: Folha

Seção: Colunistas - Mercado Aberto

No mês de janeiro, o índice de confiança dos comerciantes teve uma melhora relativa como não acontecia desde julho de 2011.

O resultado, apurado pela CNC (confederação nacional do comércio) foi 4,4% melhor do que o de dezembro.

Apesar do aumento percentual, o número absoluto é o terceiro menor da história. O que ele pode indicar é que os empresários consideram que seus negócios pararam de piorar, diz Izis Ferreira, economista da CNC.

"Não podemos afirmar ainda que há retomada da confiança. Mas começamos a enxergar uma certa estabilidade. Os índices pararam de cair. Talvez o fundo do poço tenha sido no ano passado."

Para Zeina Latif, economista da XP, porém, "ainda está cedo para dizer que o pior já passou. Precisamos aguardar mais informações, principalmente pós-Carnaval".

A estabilização do índice de confiança ocorreu em uma mínima histórica, observa a economista.

"Como se acomodou em um patamar muito baixo, inédito, então é difícil saber quão estável é esse equilíbrio. Não vejo relação com a política, até porque o país está muito dividido."

Para ela, a expectativa estabilizada pode estar relacionada à percepção de começo de ano. "Meu medo é que essa calmaria se deva mais a fim de ano e Carnaval do que a alguma sensação de que já bateu no fundo do poço."

O índice foi impulsionado por dois fatores. Um é a intenção de investir.

O segundo é a expectativa de que o futuro seja melhor. "É uma questão crucial para consumo e investimento", diz Silvio Campos Neto, economista da Tendências.

Débito ou Crédito?

O faturamento total com cartões de débito e crédito no país deve fechar o ano com alta de 7%, segundo estimativas da consultoria Lafis.

O segmento de crédito terá resultado de R$ 681 bilhões, e o que debita em conta terminará 2016 com R$ 442 bilhões.

"A inflação e o crescimento da base de clientes ajudam a explicar o ganho do setor, mesmo com a queda da economia. No entanto, houve uma desaceleração nos últimos anos", diz Marcel Carneiro analista da consultoria.

Neste ano, segundo as estimativas, o faturamento do setor com os cartões de crédito deve aumentar 5,1%. Os de débito, por sua vez, vão subir 10% e manterão a alta em dois dígitos até 2017.

"O cartão de crédito ainda representa a maior parcela nos pagamentos, mas o de débito tem expansão acelerada pelo maior número de estabelecimentos que o aceitam, por não cobrarem anuidade e substituírem o dinheiro."

Prateleira Mais Variada

De olho nas vendas de fim de ano, os supermercados aumentaram a disponibilidade de produtos nas prateleiras das lojas durante o mês de dezembro do ano passado.

É o que indica um estudo da NeoGrid/Nielsen, que registrou queda no índice que mede a porcentagem de produtos em falta. O indicador passou de 12% em novembro para 9,7% no mês seguinte.

Em dezembro, a Abras (associação dos supermercados) divulgou que as vendas no setor tiveram alta real de 24,17% em relação a novembro.

A queda na ruptura estaria relacionada à tentativa do varejo de melhorar os resultados de 2015, segundo Robson Munhoz, da Neogrid.

"Os supermercadistas resolveram abastecer as lojas, pois viram no período de festas, quando as pessoas recebem o 13º salário, uma oportunidade para aumentar as vendas e reverter resultados."

O que querem... Plano de carreira e pacote de benefícios são os itens que os jovens mais prezam ao buscar vaga, aponta pesquisa da Page Personnel.

...os novinhos? O mercado de trabalho para quem começa a vida profissional não piorou tanto como o de nível de média gerência, segundo Ricardo Haag, da consultoria.

Pano para... As vendas do atacado de tecidos, no segmento de cama, mesa e banho, tiveram em janeiro queda de 23% em relação a dezembro.

...manga O mês costuma ser fraco, mas o desempenho é reflexo da insegurança do consumidor, diz o Sindicato do Comércio de Tecidos, Vestuários e Armarinho do Estado de SP.

Bloco... As cidades do litoral sul têm a diária de locação mais barata para o Carnaval deste ano entre as praias de São Paulo, segundo o Creci-SP (dos corretores de imóveis).

...de areia Em Peruíbe, Praia Grande e Itanhaém é possível alugar um apartamento de três dormitórios por R$ 500.

 



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