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Queda do petróleo afeta mercados; Ibovespa cai e dólar volta aos R$ 4

Veículo: Valor

Seção: Economia

SÃO PAULO -­ O dia é de forte queda do preço do petróleo no mercado internacional e, como consequência, de fraqueza da bolsas globais. No fim da manhã, por exemplo, os contratos do Brent para abril eram negociados em queda de 5%. O desempenho da commodity pressiona as ações de energia e afeta o apetite do investidor de um modo geral, o que define uma rodada de perdas para as bolsas em Wall Street. Por causa do tom negativo no mercado americano, o Ibovespa acelerou a queda. Esse clima de apreensão também reforça a demanda por dólares, que sobe em relação às principais divisas e também na comparação ao real.

 

Bolsa

O Ibovespa cai, refletindo o cenário externo e com pressão extra dos papéis do Itaú, que recuam após a divulgação do balanço. Cielo e Petrobras também são destaques de baixa. O indicador recuava 3,78% às 13h35, para 39.038 pontos. As ações do Itaú caem com forte volume. A perda era de 6,71%, para R$ 23,76. O Itaú Unibanco divulgou nesta manhã lucro líquido contábil de R$ 23,360 bilhões em 2015, o que representa um crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior. As ações da Cielo também estão entre os destaques de queda do Ibovespa nesta manhã. A ação ON recuava 7,34%, para R$ 30,90. A empresa registrou lucro líquido ajustado de R$ 920,2 milhões no quarto trimestre do ano passado. Analistas consultados pelo Valor projetavam resultado de R$ 967 milhões. Petrobras PN cai 5,7% e a ON recua 5,5%, em mais um dia de retração dos preços do petróleo.

 

Câmbio

O dólar volta a subir contra o real, mas não chega a compensar a forte queda de 1,70% verificada ontem. Hoje, o comportamento do real está mais em linha com seus pares, diferente de ontem, quando a divisa brasileira foi destaque de ganhos no mundo. Às 13h40, o dólar comercial subia 1,21%, para R$ 4,0020. No exterior, o dólar tinha alta de 0,91% contra o peso mexicano, 0,25% frente à lira turca e 1,35% na comparação com o rand sul­africano.

 

Juros

As taxas de juros de médio e longo prazos sobem na BM&F nesta terça­feira, mas anulam apenas parte da queda da véspera. Nesses vértices o mercado reage sobretudo ao ambiente externo mais arisco. Em dias de maior instabilidade no exterior investidores estrangeiros tendem a demandar mais prêmio de risco de mercados emergentes, o que ampara a alta das taxas mais longas. Os vencimentos de curto prazo, contudo, operam entre estabilidade e baixa, com investidores mantendo intacta a percepção de que o Banco Central esvaziou apostas em um ciclo monetário agressivo para debelar a inflação. E a produção industrial de 2015 divulgada hoje apenas corrobora a visão de que, por causa da atividade fraca, o Banco Central manterá o juro estável por mais tempo. Em todo o ano de 2015, a produção desabou 8,3%, pior resultado desde 2003. O DI janeiro de 2017 recuava a 14,380% ao ano, ante 14,400% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2018 subia a 14,950%, contra 14,900% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 tinha alta a 15,690%, frente a 15,620% no ajuste da véspera.



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