Notícias

Em crise, setor têxtil demite mais de 2,3 mil em um ano em Americana, SP

Veículo: G1

Seção: Economia

Mais uma vez em crise, o setor têxtil da região começou o ano em queda. Uma das cidades mais afetadas foi Americana (SP), que terminou o ano passado com mais de 2,3 mil demissões em indústrias. Dos que ficaram desempregados, 25% terão que recorrer à Justiça para conseguir receber seus direitos. 

"Ele falou para todo mundo que a gente estava sendo demitido porque estava em crise (...) E falou que ia liberar o fundo de garantia e o seguro desemprego, mas de fevereiro para cá não depositou o fundo de garantia de ninguém, a cesta básica atrasada, a segunda parcela do 13º também não pagou aos funcionários. (...) É um abuso", reclama a operadora de máquinas Isolete Francisca de Sousa.

O porteiro Paulo Roberto Rocha também não se conforma com a situação e teme como fará para sustentar a família. "Está bem claro, está aqui, não vai pagar. Tem uma ressalva aqui que eu tenho que procurar um advogado, entrar na Justiça e esperar (...) Eu só espero que quem está lá tenha um pouco mais de boa vontade", lamenta.

Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil de Americana, Antônio Martins, o único caminho agora é o judicial. "A posição do sindicato é encaminhar os trabalhadores à Justiça (...). Nós já fizemos várias reuniões com as empresas e eles não tinham prazo para pagar"

Crise em 2015
O setor já havia passado por outra crise em maio de 2015, quando 10 mil pessoas foram demitidas no estado de São Paulo. Na época, já havia a previsão de que a tendência continuaria nos meses seguintes. 

Além das demissões, a jornada de trabalho de quem ficou nas indústrias teve que ser diminuída, assim como a produção. 

Sem prazo
Das três indústrias que registraram as maiores demissões no município, a diretora de uma delas disse que vai realizar o pagamento aos ex-funcionários, mas ainda não informou nenhum prazo para que ele seja feito. 

As causas mais apontadas pelos gestores para efetuar as demissões são a concorrência com outros países, a variação do dólar, a alta carga tributária e o aumento da cobrança de energia. 



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar