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A força da estamparia digital

Veículo: Portugal Têxtil

Seção: Economia

A estamparia digital veio dar uma pincelada de tinta fresca à moda ao permitir a produção de pequenas quantidades sem o recurso às matrizes ou cilindros da estamparia convencional. Numa era onde o céu é o limite para a imaginação, passou a ser possível alargar o número de padrões e cores da indústria têxtil e vestuário.

Até bem recente, a estamparia digital para tecidos estava limitada à criação de amostras que antecediam a estamparia convencional de larga escala. Porém, com os avanços tecnológicos do digital, encontramos hoje no mercado soluções de impressão para todos os tipos de tecido adequadas às produções de média e pequena escala, assim como máquinas complementares preparadas para efetuar todos os tratamentos pré e pós impressão. «Um dos grandes problemas do digital prendia-se com os acabamentos que eram realizados em máquinas convencionais preparadas para receber grandes proporções e, por isso, desajustadas a produções mais baixas», aponta Rui Leitão, CEO da Digidelta.

Com a evolução da impressão digital, marcas como a Mtex puseram fim a essa dificuldade com o desenvolvimento de tecnologia de pré e pós impressão ajustadas às máquinas digitais que, por sua vez, permitem uma estampagem direta no tecido, quer seja em poliéster ou 100% algodão. «Temos várias soluções digitais de grande qualidade de acordo com o segmento de produto, que vai desde o vestuário balnear até aos têxteis-lar, com máquinas com dimensões até 3,20 cm», revela Rui Leitão.

A Mtex é uma marca portuguesa distribuída para a Península Ibérica pela Digidelta, empresa especialista em comunicação visual que tem apostado fortemente no sector da impressão digital para a moda. A empresa detém ainda a licença da japonesa Mimaki para os mercados português e espanhol.

De acordo com o CEO, esta duas marcas de máquinas são um casamento perfeito. «A Mimaki é líder em impressão digital. A sua capacidade em desenvolvimento tecnológico é muito grande e muito reconhecida. Oferece soluções de impressoras por transfer e respetivos acabamentos para os vários segmentos do têxtil, desde o vestuário de desporto passando pelos têxteis-lar, até ao calçado e à marroquinaria. Por seu lado, a Mtex é uma empresa portuguesa que usa a tecnologia de impressão da Mimaki e que adapta às especificidades de cada segmento dentro da indústria têxtil e de vestuário usando a impressão direta no tecido», explica.

Prestes a completar 30 anos, a Digidelta tem sede em Torres Novas, onde conta também com uma unidade de produção dedicada ao core business da empresa, a comunicação visual. Com um efetivo de 120 trabalhadores, a Digidelta tem ainda escritórios em Lisboa, Madrid, e mais recentemente, um showroom na Fábrica de Santo Thyrso. «Fizemos um Open House Têxtil durante duas semanas para dar a conhecer à indústria todas as nossas soluções. Mas o objetivo é transformar este evento num espaço permanente para que os interessados ou mesmo os nossos clientes possam realizar provas de impressão, fazer testes e visualizar exemplos in loco», refere Rui Leitão.

A Digidelta prevê encerrar o ano com um volume de negócios na ordem dos 50 milhões de euros (35 milhões em Portugal e 15 milhões em Espanha) só na área da impressão digital, que tem vindo a registar, nos últimos três anos, aumentos anuais na ordem dos 30%.



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