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Dólar e juros sobem com dados dos EUA e em dia de ata do Copom
Veículo: Valor
Seção: Economia
SÃO PAULO - O dólar e os juros de longo prazo avançam nesta quintafeira, pressionados pelo movimentos desses ativos no exterior, após dados americanos endossarem a possibilidade reforçada ontem pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) de alta do custo do dinheiro nos Estados Unidos em dezembro. Entre os dados conhecidos, está o desempenho da economia americana no terceiro trimestre, que teve crescimento de 1,5%, em termos anualizados, em linha com as expectativas.
Os gastos com consumo vieram aquém do esperado, mas ainda indicaram aumento de despesas das famílias americanas responsáveis por dois terços da economia do país. Às 11h35, o dólar comercial subia 0,11%, a R$ 3,9266. O dólar para novembro, que vence na próxima terçafeira, tinha alta de 0,72%, para R$ 3,9370. No exterior, o dólar se apreciava frente ao peso mexicano, a lira turca e ao rand sulafricano. A alta do dólar dá suporte ao aumento de prêmio nos juros futuros, especialmente nas taxas de prazo mais longo, também influenciadas pela elevação nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. Profissionais analisam ainda a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central (BC) evitou precisar quando a inflação irá para a meta e chamou atenção para o impacto negativo de problemas na política fiscal e do ajuste de preços sobre as expectativas de inflação.
O DI janeiro de 2017 subia para 15,430% ao ano, contra 15,380% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 avançava a 15,870%, frente a 15,780% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 tinha alta a 15,960%, em relação a 15,880% no ajuste anterior. Ainda na agenda, o Tesouro Nacional informou déficit de R$ 6,932 bilhões para o governo central em setembro. O dado ficou abaixo da estimativa média de 13 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de resultado negativo de R$ 15,3 bilhões.
(José de Castro | Valor)
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