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Empresários querem rever condições do BNDES
Veículo: Folha de S. Paulo
Seção: Colunistas - Mercado Aberto
O corte no financiamento dos programas de ônibus do BNDES só não piora o resultado das fabricantes pois as condições já eram muito desfavoráveis, diz José Martins, presidente da Fabus, a associação do setor, e vice-presidente da Marcopolo.
Voltado para a compra de máquinas, ônibus, caminhões e outros ativos, o PSI (Programa de Sustentação do Investimento) foi reduzido de um total de R$ 50 bilhões para R$ 19,5 bilhões.
O gasto com o subsídio aos juros, chamado de equalização, é coberto com dinheiro do Tesouro.
Com a redução, o dinheiro destinado a ônibus e caminhões saiu de R$ 18,2 bilhões e foi para R$ 7 bilhões.
As viações complementam o empréstimo do BNDES com dinheiro do mercado. Em média, sai por cerca de 17,6% ao ano, diz Martins.
"Esses juros são absurdos e ninguém está tomando [empréstimo]. Não é só a Marcopolo, todos os fabricantes estão sentindo."
Em 2015, a produção encolheu 34,6%, diz. Para o executivo, a solução é uma linha com menos participação do Tesouro e, por isso, menos suscetível a mudanças de condições, como o Finame.
"Se não formos atendidos, todos vão quebrar. O governo vai destruir o segundo maior produtor de ônibus do mundo, que é o Brasil."
Já a linha de bens de capital do PSI sofreu redução de R$ 11 bilhões. Nesse mercado, os empréstimos são vantajosos, diz Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq (associação do setor).
No cálculo dele, o gasto com equalização do setor de máquinas é de R$ 1,2 bilhão. "Seria mais inteligente cortar o custeio do governo."
Perfume na porta
A Mary Kay, marca de cosméticos de venda direta, pretende crescer no Brasil no segmento de perfumes.
Hoje, a área é responsável por 5% do faturamento da empresa no país –maquiagem e produtos de cuidado com a pele representam 65% e 30%, respectivamente.
"O Brasil tem o maior mercado [de perfumes] do mundo. Por isso, estamos investindo", diz Rosana Bonazzi, diretora da empresa.
"Não temos uma meta [de crescimento], mas queremos que, ano a ano, aumente um pouco essa porcentagem", acrescenta a executiva.
Nos nove primeiros meses de 2015, a empresa lançou dez novas fragrâncias no país.
Dos 35 mercados onde a marca está, o Brasil é o terceiro maior, atrás da China e dos Estados Unidos.
Em todo o mundo, a companhia fatura cerca de US$ 4 bilhões por ano (R$ 15,7 bilhões na cotação atual) e trabalha com 3,5 milhões de vendedoras. Dessas, 12,3% estão no Brasil, ou 430 mil.
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Obra econômica
A instalação da hidrovia Juruena-Tapajós, no Centro Oeste, reduziria os custos anuais de transporte da região em R$ 3,2 bilhões, segundo a CNI.
Das 397 obras analisadas, essa é a que traria a maior economia ao país. O investimento necessário para realizá-la é de R$ 5,5 bilhões.
Outro projeto de impacto seria a duplicação da estrada de ferro Carajás. Com ela, seria possível uma economia de R$ 1,3 bilhão por ano.
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Europa consumidora
O poder de compra per capita do europeu registrou um crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 4,2% neste ano, de acordo com pesquisa da GfK.
Em média, cada consumidor terá tido, até dezembro, € 13.636 (cerca de R$ 53,4 mil na cotação atual) para gastar ou poupar.
A disponibilidade de renda, no entanto, varia bastante entre os 42 países analisados. Nos dez que apresentaram os melhores resultados, o poder de
compra é pelo menos 1,5 vezes a média europeia. Em Liechtenstein, chega a ser 4,5 vezes.
Mais da metade (26) dos países analisados ficam abaixo da média. A Espanha, a República Tcheca e a Polônia estão entre eles, com € 13.203, € 7.313 e € 6.437, respectivamente.
Viajar... Apesar da crise, a Abav (associação de agências de viagem) projeta um crescimento de 5% em 2015 nas vendas de pacotes para destinos nacionais e internacionais.
...é preciso Por causa do dólar alto, diz a associação, houve um crescimento do turismo interno, principalmente para o Nordeste e para o Sul.
Conselheiro O Veirano Advogados contratou a consultoria de Marcos Ludwig, que auxiliará nas áreas de fusões e de mercado de capitais, entre outras.
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