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IEMI oferece um retrato de como anda a indústria têxtil brasileira

Veículo: Fashion Mag

Seção: Notícias

Como anda o desempenho da Industria Têxtil no Brasil, desde o fio até a etapa do consumo? Em tempos onde a economia trilha o caminho das incertezas, tanto no patamar nacional como internacional, nada mais oportuno que se deparar com estudos e contextualizações que possam indicar trajetórias mais seguras, ou antecipar dificuldades, ao menos a médio prazo.

É com essa proposta que o IEMI - Inteligência de Mercado, junto com Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) e Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira), acabam de lançar a 15.ª edição do "Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira – Brasil Têxtil 2015". 

De acordo com o presidente da Abit, Rafael Cervone, os números revelam que o cenário de incertezas deverá prolongar-se ao longo do ano de 2016.

"Precisamos estar preparados para a retomada do crescimento. Os números deste relatório dão uma fotografia do setor, mas não podemos nos esquecer dos investimentos que continuam a ser feitos, em especial em pesquisa e inovação, cujos estudos estão construindo um novo patamar competitivo para o setor como um todo". 

Para o giro da economia, apesar da crise, a cadeia têxtil produziu em 2014 cerca de R$ 126 bilhões, o que é equivalente a 5,6% do valor total da produção da indústria brasileira de transformação, excluídas as atividades de extração mineral e a construção civil – um dado que confirma a relevância econômica do setor.

Em complemento, o IEMI revela também estatísticas que atestam o impacto social exercido pela indústria têxtil: no quesito empregos, as oportunidades geradas somaram 1,6 milhão de postos de trabalho no ano passado, ou o equivalente a 16,9% do total de trabalhadores alocados na produção industrial daquele ano. 

Já na confecção de vestuário, o crescimento foi de 7,6%, enquanto as fiações apresentaram queda de 3,7%, as tecelagens, de 3,6%, e as malharias, de 3,2%.

O Sudeste é a principal região produtora de têxteis no país, concentrando os maiores mercados consumidores, além de sediar os principais centros de distribuição de atacado e varejo. Porém, entre os anos de 2010 e 2014, a região vem perdendo parcelas de sua participação para o Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país.

Em 2014, todos os segmentos de manufaturas têxteis apresentaram queda em seus investimentos quando comparados a 2013. A maior queda ocorreu no segmento de malharia (21,7%). 

Quanto à balança comercial, nos últimos anos o Brasil vem se consolidando como um país importador de produtos têxteis e confeccionados.

A balança comercial da cadeia têxtil tem, ano a ano, ampliado seu déficit, chegando a 4,7 bilhões de dólares em 2014. Em quatro anos, houve crescimento de 69%, ou seja, uma média de 14% ao ano. No segmento de confeccionados, houve alta de 8% no volume e nos valores apenas no último ano (2014). Já em relação a todo o período analisado, o volume cresceu 63,7% e, em valores, 127,5%. 

Em complemento aos estudos acerca das movimentações nas importações e exportações da indústria Têxtil nacional, Marcelo Prado conclui: "espera-se que a recente desvalorização do real frente ao dólar americano deverá contribuir de forma efetiva para reduzir a presença dos importados no consumo interno e estimular as exportações brasileiras de artigos têxteis e confeccionados, não só revertendo parte do déficit gerado pela balança comercial do setor, mas adicionando, também, uma importante vertente de crescimento para a recuperação da produção nacional, afetada pela crise econômica brasileira atual".



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