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Restoque contrata ex-Renner como seu próximo CEO

Veículo: Veja

Seção: Mercados

Soares fará um ‘período de transição’ com o atual CEO, Claudio Roberto Ely, que assumiu o cargo no fim de maio para fazer a integração da Restoque — dona das marcas Le Lis Blanc Deux, Bo.Bô, John John e Rosa Chá —  com a Dudalina.

Ely, que é amigo do CEO da Renner, José Galló, teria ‘pedido a bênção’ do concorrente, amigo e conterrâneo (ambos são gaúchos) para contratar o executivo.  De acordo com uma fonte familiarizada com as conversas, Galló flexibilizou o acordo de não-competição (‘non-compete‘) de Soares por entender que a Renner e a Restoque não competem pelo mesmo público-alvo, mas incluiu uma cláusula que impede que Soares trabalhe em concorrentes diretos (como Guararapes, Hering e C&A) se houver alguma fusão no setor nos próximos anos.

Soares — um engenheiro aeronáutico pelo ITA que começou sua carreira como trainee da Brahma e teve passagens pela Ultrapar, Booz Allen e Telefonica — saiu da Renner em 18 de agosto. Soares também teve uma breve passagem pela Imbra Implantes Odontológicos, uma empresa em que a GP Investimentos perdeu todo o capital investido.

A escolha de Soares para liderar a Restoque — cujas marcas dependem ainda mais do acerto das coleções do que a própria Renner, cujos produtos são mais comoditizados — sugere que ou há uma escassez de profissionais de moda com formação para administrar uma grande empresa, ou que as empresas ainda não estão dispostas a apostar na moda como a principal variável de seu sucesso.

“No Brasil, a moda sempre foi uma indústria muito informal, empresas de dono, que nunca se preocuparam em se profissionalizar, ao contrário do que acontece nos EUA,” diz uma fonte do setor.

 



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