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Governo deve fazer ajuste urgente, diz ACSP

Veículo: Valor

Seção: Economia

SÃO PAULO -­ Não faltaram avisos, das agências de risco e do mercado, de que haveria a perda do grau de investimento do país. A opinião é de Roberto Mateus Ordine, presidente em exercício da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Ontem, a Standard & Poor’s (S&P) cortou o rating soberano do Brasil para o nível especulativo.

Agora, diz Ordine, resta ao governo brasileiro cortar gastos, se conscientizar de que parte do esforço precisa vir dele próprio, e isto rapidamente, antes que as outras agências também rebaixem o Brasil. Segundo ele, novos rebaixamentos gerariam disparada do dólar e levaria a inflação aos dois dígitos. “Está esgotada a solução de aumento de impostos, inclusive porque o governo já fez desonerações, tirou desoneração da folha de salários, aumentou o IOF e o IPI.

O setor privado não pode arcar com novos aumentos tributários, sob pena de agravar mais a recessão e o desemprego. O governo precisa fazer a parte dele no ajuste, conforme prometido. Precisa cortar e postergar gastos para obter superávit. Rejeitamos qualquer proposta de aumento porque isso já foi feito”, informou Ordine, em nota divulgada hoje. De acordo com ele, é importante ressaltar que o setor privado não quer “tirar o corpo fora e já deu a sua contribuição”. “Se o governo fizer corte de gastos, o mercado vai se acalmar.

E não basta anunciar, é preciso fazer já. Se o governo continuar falando em ‘próximas semanas’, o mercado não vai se acalmar. É preciso adotar uma ação prática agora, uma reformulação imediata do orçamento, com controle dos gastos.



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