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Alta do dólar dá fôlego a grifes internacionais de acessórios e roupas

Veículo: DCI

Seção: Notícias

O aumento da moeda norte-americana tem afugentado as viagens internacionais entre os brasileiros. Assim, as grifes internacionais de acessórios e roupas que atuam no País ganham fôlego. Com a variação do dólar, que chegou a R$ 3,75 ontem, comprar em território nacional se torna vantajoso neste momento.

Quem aproveita o cenário são grupos de acessórios e artigos da moda como Coach e Longchamp, que disseram ter alinhado o preço dos artigos com o mercado internacional. Para a especialista no setor e professora do curso marketing da faculdade ESPM do Rio de Janeiro, Rosana de Moraes, essa tendência acontece porque o mercado de luxo no Brasil atende principalmente quem costuma viajar. “Com a variação cambial, os brasileiros percebem que é vantajoso comprar no País. A compra pode ser feita com mais calma e o consumidor ainda conta com atendimento diferenciado, que na maioria das vezes é melhor do que o promovido pela mesma marca no exterior”.

Ainda a respeito do mercado de luxo voltado aos bens de consumo, segundo a consultoria Euromonitor, em 2014 o setor movimentou US$ 800 milhões no Brasil, valor bem menor do que nos Estados Unidos, onde o faturamento foi de US$ 17 bilhões.

Quem diz estar sentindo bem menos a retração econômica é a grife Longchamp, que garante ter visto aumento do fluxo de clientes nas lojas. “Os consumidores que viajavam e consomem Longchamp em outros países têm comprado aqui no Brasil”, declarou o country manager da marca, Filipe Tendeiro. Segundo ele, a Longchamp opera exclusivamente com três lojas próprias no Brasil, localizadas no Shopping JK, Shopping Iguatemi e no Cidade Jardim, em São Paulo. Os produtos mais icônicos da marca, afirma, são as peças da linha Le Pliage, que vão de bolsas de náilon a versões em couro. A rede francesa tem mais de 287 butiques, em mais de 30 países. Entre os produtos comercializados estão malas de viagem, bolsas, calçados, roupas e acessórios de couro feitos artesanalmente.

Estratégia

“Reduzimos os preços em torno de 20% para oferecer o mesmo valor médio cobrado no exterior”, declarou a brand manager da Coach, Tami Parramón. A marca norte-americana, que vende bolsas, relógios, óculos solares, sapatos, bijuterias finas, lenços, acessórios de viagem e tecnológicos, está com preços similares aos do exterior e isso é um grande atrativo para os clientes, garante a executiva.

A bandeira atende tanto ao público masculino como feminino e tem como carro-chefe as bolsas de couro. Agora, a empresa diz estar investindo em treinamento para garantir a qualidade do atendimento, sendo que no mercado brasileiro conta com dez lojas e tíquete médio de R$ 1.200.

No mundo, a companhia conta com mais de mil lojas, em 20 países. Sem abrir o faturamento, a Coach espera aumentar a receita em 69% este ano e para diversificar o portfólio adquiriu, no começo do ano, a Stuart Weitzman, marca de sapatos femininos de luxo, por cerca de US$ 574 milhões.



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