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Conheça 11 tecidos inovadores para a moda do futuro sustentável

Veículo: Stylo Urbano

Seção: Estilo

A indústria têxtil mundial está entre as mais poluem e criam desperdício no mundo, mas existem algumas tecidos inovadores feitos de materiais estranhos e maravilhosos sendo desenvolvidos. Nos últimos anos tem surgido um interesse cada vez mais sobre moda sustentável e formas de tornar as roupas mais “conscientes”. Provavelmente você já deve ter ouvido falar de tecidos feitos de algodão orgânico, bambu e cânhamo, mas e sobre os tecidos feitos de algas? Soja? Abacaxi? Banana? Pó de Café? Urtigas? (Sim, urtigas.)

Embora atualmente haja um número limitado de vendedores de algodão orgânico ou tecidos reciclados, a tendência do futuro dos tecidos será a utilização de refugos de alimentos, plantas e reciclagem de tecidos desgastados. Abaixo estão algumas amostras da mais nova onda de inovação que sai da indústria têxtil, com foco na sustentabilidade:

1. CRAiLAR é uma fibra de linho que drasticamente reduz o uso de produtos químicos e de água. É um tecido que parece e tem toque quase idêntico ao algodão, enquanto ajuda a evitar o ciclo de dano ambiental que o plantio do algodão tradicional faz. O que poderia se sentir mais natural?

2. Qmilch é uma fibra natural e renovável 100% derivada de uma proteína de leite coalhado. (Sim, tal como o leite em sua geladeira) O resultado é um tecido semelhante a seda, mas bem menos caro, ao mesmo tempo que suficientemente durável para suportar lavagem e cuidado. Qmilch é naturalmente antibacteriano e pode regular a temperatura, tornando-o ideal para esportes e activewear.

3. O Econyl é um tecido reciclado da Aquafil que utiliza 100% dos resíduos das redes de pesca feitas de nylon. A inovação tem sido amplamente comemorada por aqueles que estão querendo uma opção de nylon reciclado desde que o poliéster reciclado tornou-se disponível anos atrás. Oestilista Kelly Slater usa o tecido Econyl para sua marca Outerknown da mesma foram que a marca espanhola Ecoalf e a italiana Wave-O. O tecido Recyclon é fabricado pela Repreve e é feito de garrafas pet recicladas e é utilizado nas coleções da marca esportiva Patagonia.

4. S.Cafe é uma nova fibra fabricada de Taiwan que recicla as borras do  café. Grandes nomes como North Face, Puma e Timberland já estão usando o tecido, enquanto empresas  como Starbucks são alguns dos fornecedores. Aparentemente o café tem propriedades para mascarar os odores naturais do corpo sem deixar cheiro nas roupas. Diz-se que  as borras de café requerem menos energia no processo de fabricar  a fibra do tecido, tornando-se uma alternativa mais sustentável aos tecidos tradicionais.

5. EcoCircle é um tecido feito de PET à base de plantas (poliéster). A nova fibra contém 30% da cana, que substitui 30% do óleo necessário para o poliéster tradicional. Teijin, a empresa por trás da fibra, disse que o tecido tem um sistema de reciclagem em circuito fechado no final da sua vida útil. A Nissan é uma das primeiras empresas a usar o tecido para o estofamento do seu carro elétrico Nissan Leaf em 2014.

6. Evrnu é uma nova tecnologia inovadora que promete reciclar resíduos de vestuário de algodão para criar uma fibra renovável de qualidade. Mais de 12 milhões de toneladas de resíduos de vestuário são eliminados a cada ano nos EUA. A Evrnu emergiu uma nova forma de pensar sobre a indústria do vestuário e têxtil, por especialistas têxteis que adoram moda. A equipe Evrnu está atualmente trabalhando para trazer a tecnologia para uma escala maior.

7. Seacell e uma fibra derivada da polpa de madeira ( Liocel) e algas que, de acordo com o seu fabricante Smartfiber AG, tem propriedades protetoras e anti-inflamatórias na pele, estimulando o metabolismo. É como se suas roupas estivessem vivas! Além do tecido a Seacell tem um colchão cuja tampa removível contém partículas microscópicas de fibra de algas marinhas que ajudam na regeneração celular, segundo a empresa.

8. Lenpur é um tecido biodegradável feito da árvore do pinheiro branco, e “oferece o conforto de seda e o toque de cashmere que dá leveza a roupa.” A Lenpur afirma que é um fibra acima das outras fibras de celulose devido a sua suavidade, sua capacidade de absorção e capacidade de liberar a umidade, e sua capacidade de sustentar uma gama térmica mais elevada para mantê-lo fresco no verão e quente no inverno. O fio de Lenour é usado em roupas, jeans, roupas íntimas, meias e acessórios para casa.

9. Liocel é uma fibra celulósica extraída da polpa de madeira utilizando processos livres de produtos químicos. Os solventes não tóxicos que são utilizados na sua produção são em seguida, reciclados, gerando um processo de fabricação com muito pouco subproduto. (No entanto, parece que ele ainda usa uma tonelada de energia, por isso não é perfeito.) Ele pode ser misturado com outras fibras para criar tecidos como SeaCell (Liocel e alga, mostrado acima) e Hempcel (Liocel e Cânhamo).

10. Tecido de soja é um tecido sustentável 100% biodegradável pouco conhecido e é feito a partir de resíduos de fabricação de tofu. A proteína de soja é liquefeita e, em seguida, esticado em fibras longas, contínuas que são cortadas e processadas como qualquer outra fibra de fiação. Porque a soja tem alto teor de proteína, o tecido é muito receptivo a corantes naturais, por isso não há necessidade de corantes sintéticos. A fibra de soja é macia, delicada e mais resistente que a seda e o algodão, e como é completamente natural, também é biodegradável.

11. O tecido de urtiga pode ser o tecido mais sustentável de todos. O tecido de urtiga produz uma fibra têxtil excepcionalmente forte, elástica, suave e naturalmente retardadora de fogo. O uso de urtigas para tecido remonta à Idade do Bronze na Dinamarca, onde as fibras de urtiga foram encontrados em locais de sepultamento.

A urtiga é muitas vezes considerada uma praga, pois crescem em terra, muitas vezes inadequados para outras culturas, sem a necessidade de pesticidas, herbicidas ou muita água. Quando a urtiga é mistura com o linho, o tecido se torna naturalmente anti-bacteriano e resistente ao bolor.

Então é isso. É muito legal ter um vislumbre dos processos inovadores que estão traçando o futuro dos tecidos. Seria bom se a indústria têxtil brasileira parasse de reclamar da concorrência dos tecidos chineses e começasse a investir em tecidos que utilizem matérias primas diferentes dos tradicionais.

Existem várias empresas no exterior que estão tendo sucesso desenvolvendo tecidos que utilizam matérias primas diferentes das tradicionais e também reciclados pois não sofrem concorrência direta dos tecidos chineses que em sua grande parte são feitos de algodão e sintéticos.



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