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Desgaste político e embates no Legislativo são entraves para a melhora do humor

Veículo: Valor

Seção: Economia

O governo, sua falta de apoio parlamentar, sua tumultuada relação com o Congresso Nacional ­ surpreendente na versão 2015 pela rápida mobilização, talvez facilitada por estar com um só partido (PMDB) o comando das duas casas ­ são apontados pelos economistas como uma das razões do desânimo quanto às perspectivas para o país. "Temos um governo fraco e fragmentado que não inspira confiança alguma e, assim, enfraquece o empreendedorismo ou o espírito animal. É certo que a recessão vai passar e que um novo ciclo de crescimento econômico terá início.

Mas é certo também que este ciclo recessivo será mais longo e severo que episódios anteriores", diz Cristiano Oliveira, economista­chefe do Banco Fibra, que não vê a criação de alicerces para recuperação robusta da atividade econômica. Outro entrevistado, sob condição de anonimato, chama atenção para o "entorno" da presidente e atribui ao menos parte da falta de entusiasmo "à sensação de que Levy trabalha isolado" ou no máximo em parceria com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. O fato de Levy não ter se tornado o 'braço direito' da presidente enfraquece o ministro, na opinião de outro economista. "A presidente tem como 'braço direito' o ministro Aloizio Mercadante que entende de economia, não tem qualquer inibição para dar palpite e é um petista histórico.

Ela tem Nelson Barbosa, no Planejamento, como o 'pai' da nova matriz econômica e esse papel nunca será apagado. Mais que isso, Barbosa é um profissional que sempre estará a postos para ocupar o lugar de Levy caso ele sofra algum desgaste com a presidente. E ele tem cacife para assumir a Fazenda", avalia um experiente profissional de mercado com experiência de governo. Esse mesmo observador lembra que se não bastassem os ministros Mercadante e Barbosa nos "domínios" de Dilma Rousseff, Michel Temer ganhou relevância ao assumir a articulação política. Sem contar que já é vicepresidente da República e presidente do PMDB ­ o partido que responde pela presidência da Câmara e do Senado.



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