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Algodão com fibra colorida é cultivado pela 1ª vez no sudeste brasileiro

Veículo: G1

Seção: Ribeirão e Franca

Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) em uma lavoura de algodão em Ribeirão Preto (SP) desenvolveu uma espécie geneticamente modificada na cor marrom. Além de dispensar o tingimento da fibra na indústria textil, economizando tinta e água, a variedade é mais resistentes a alguns tipos de pragas.

As cultivares de algodões coloridos não são novidades no Brasil. As espécies foram desenvolvidas há cerca de 15 anos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para que se adaptassem às condições climáticas do nordeste brasileiro.

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O diferencial do estudo em Ribeirão é a comprovação de que é possível realizar esse tipo de plantação na região Centro-Sul do país. Além disso, as cultivares do sudeste apresentaram produtividade 38,5% maior, se comparadas às nordestinas.

"Nós fomos selecionando as melhores plantas, tanto para fibras, como para doenças. Em comparação com as variedades plantadas no nordeste, a desenvolvida por nós mostra uma qualidade muito superior", afirmou Edvaldo Cia, pesquisador do IAC.

Cia afirmou ainda que as vantagens se estendem para a indústria têxtil, uma vez que é possível alcançar várias tonalidades, apenas misturando algodões com fibras marrom e branca, possibilitando economia de água e corantes.

Algodão vermelho
O mesmo estudo também desenvolveu outra espécie de algodão que, apesar de ter as fibras brancas, possui folhas em tom avermelhado. O objetivo é afastar pragas comuns nesse tipo de cultivo, como o "bicudo" e a "trips".

Segundo os pesquisadores, a resistência ocorre pelo mecanismo de não-preferência, isto é, se na mesma área existirem plantas verdes comuns e plantas vermelhas, a praga atacará preferencialmente as verdes.

Além de Ribeirão, o IAC também desenvolve estudos similares com algodão em Mococa (SP) e Votuporanga (SP).

 



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