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IBGE: Sete de dez segmentos do varejo têm queda na venda em fevereiro

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

Sete de dez segmentos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, registraram queda no volume de vendas entre janeiro e fevereiro.

No conceito ampliado, o volume de vendas caiu 1,1% ante janeiro e recuou 10,3% na comparação com fevereiro do ano passado. Sem veículos e materiais de construção, houve queda de 0,1% e de 3,1%, respectivamente. O maior recuo em fevereiro, ante o mês anterior, foi o de combustíveis e lubrificantes (­5,3%), seguido pelas vendas de veículos (­3,5%), móveis e eletrodomésticos e equipamentos para escritório, informática e comunicação (ambos com ­1,3%), materiais de construção e vestuário e calçados (ambos com ­0,7%), hiper e supermercados (­0,2%).

Entre os segmentos que tiveram aumento nas vendas apareceram artigos farmacêuticos e perfumaria (0,8%), livros, jornais e revistas (1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,8%). Na comparação com fevereiro do ano passado, as quedas foram mais intensas e também atingiram sete de dez segmentos. Nesse tipo de comparativo, a queda do varejo, de 3,1% foi a maior desde agosto de 2003, quando o índice despencou 5,7%.

Tomando­-se apenas os meses de fevereiro, é o pior resultado desde 2001, quando houve baixa de 5%. Considerando o varejo ampliado, o recuo de 10,3% ante fevereiro do ano passado foi o maior da série histórica, iniciada em 2004 para o ampliado. A queda de 10,4% em móveis e eletrodomésticos foi a que mais puxou o resultado do varejo.

Segundo o IBGE, o comportamento pode ser atribuído à retirada gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da linha branca.

Ainda na comparação com fevereiro do ano passado, o item combustíveis e lubrificantes registrou queda de 10,4% no volume de vendas, foi o segundo maior impacto negativo para a taxa do varejo. O volume de vendas em material de construção caiu 13% na comparação com fevereiro de 2014 e já acumula queda de 7,8% no bimestre.

"Este resultado abaixo da média reflete as expectativas sobre o quadro macroeconômico, atrelado ao menor número de lançamentos no mercado imobiliário residencial e comercial, além do menor número de dias úteis em fevereiro", ressalta o IBGE.

Também influenciado pelo aumento do IPI, o setor de veículos e motos, partes e peças retraiu 23,7% e teve o pior resultado desde setembro de 2012, quando caiu 25,1%. Outra queda importante em fevereiro foi do item combustíveis e lubrificantes, de 10,4%. O recuo da venda de combustíveis é influenciadopelo preço e pelo item estar encarecendo acima da inflação. Segundo Juliana Vasconcellos, gerente da coordenação de serviços e comércio, a inflação dos combustíveis foi de 10,2% no acumulado do ano. 



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