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Veículo: Textile Industry

Seção: Economia

- Brasileiras e estrangeiras alinham margem de lucro -

As varejistas de moda brasileiras com ações em bolsa encerraram 2014 com margens de lucro similares às margens alcançadas pelas maiores empresas do setor no mundo: Inditex, Hennes & Mauritz (H&M), TJX, Fast Retailing e GAP. Juntas, as cinco globais fecharam 2014 com margem média de lucro de 9,7%. No ano, essas companhias foram beneficiadas pelo crescimento de 7,4% na China, de 0,9% na zona do euro e de 2,4% nos Estados Unidos. No Brasil, onde o Produto Interno Bruto (PIB) teve variação de 0,1% a margem média de lucro das brasileiras Renner, Guararapes (Riachuelo), Marisa, Hering e Restoque foi um pouco menor: 9,1% em 2014.

Para este ano, as companhias globais esperam crescer com a recuperação econômica na Europa e nos Estados Unidos, regiões onde concentram boa parte das operações.

As empresas brasileiras, por sua vez, esperam um crescimento mais fraco em 2014, devido a fatores como a inflação alta, aumento do desemprego e retração do consumo.

Além do cenário macroeconômico, os planos de abertura de lojas está mais tímido.

A Renner prevê abrir 45 lojas este ano, ante 54 em 2014. A Riachuelo vai reduzir de 45 para 40 o número de aberturas. A Restoque vai reduzir de 37 para 30. A Hering não du projeção, mas informou que fará uma abertura “cautelosa” de lojas.

No ano passado, a Hering abriu 48 unidades. A Marisa abriu 9 lojas em 2014 e também informou que atuará com cautela neste ano.

No ano passado, a Hering teve a maior margem de lucro entre as brasileiras e as estrangeiras, com 19%. No Brasil, a segunda maior margem foi da Riachuelo (10,2%), seguida por Renner e Restoque, ambas com margem de 9,1% e Marisa, com 1,5%.

Em relação ao lucro líquido, a Riachuelo liderou o varejo de moda no país, com R$ 480 milhões e alta de 12,4% em relação a 2013. A Renner obteve lucro líquido de R$ 471,4 milhões, e crescimento de 15,7%. O terceiro melhor resultado foi da Hering, com lucro de R$ 318,8 milhões, e variação de 0,2%.

Em receita líquida, a Renner saiu na frente, chegando a R$ 5,2 bilhões, e crescimento de 19,4% no ano. A segunda maior receita foi da Riachuelo, de R$ 4,73 bilhões e alta de 16,2% no ano.

Em relação ao desempenho “mesmas lojas” (unidades abertas há mais de um ano), a Renner foi também a que apresentou o melhor desempenho. Esse fator, associado aos investimento em novas lojas, ajudaram a tornar a empresa a varejista de moda preferida entre analistas de mercado. No quarto trimestre, a Renner atingiu crescimento de 17,3% no critério “mesmas lojas”. Para 2015, a empresa projeta um crescimento “mesmas lojas” de 1 a 2 pontos percentuais acima da taxa de inflação.

A Riachuelo teve crescimento de 1% no quarto trimestre, devido a problemas na linha de itens básicos. A companhia informou que normalizou a oferta desses itens. No terreno negativo, Marisa, Hering e Restoque tiveram queda nas vendas em “mesmas lojas”, o que sinaliza uma dificuldade das companhias de crescer com lojas maduras ou a caminho da maturação. A Marisa teve queda de 0,5% em “mesmas lojas”; a Hering, queda de 3,8% e a Restoque, queda de 7,3%.