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Conta de luz pesa no bolso e IPCS avança 1,41% em março
Veículo: Valor Econômico
Seção: Economia
SÃO PAULO - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCS) fechou março com alta de 1,41%, ante taxa de 0,97% em fevereiro, puxada pelos gastos com energia elétrica, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Houve uma pequena desaceleração na comparação com a terceira quadrissemana do mês, quando o indicador subiu 1,47%.
Com o resultado de março, o IPCS acumula alta de 4,16% no ano e de 8,59%, nos últimos 12 meses. No mês, a alta foi puxada pelos gastos com habitação, que passaram de avanço de 0,90% no fechamento de fevereiro, para 3,71% em março, por causa da conta de luz, cuja variação saltou de 1,09% para 22,60%.
Alimentação (0,77% para 1,02%), saúde e cuidados pessoais (0,63% para 0,70%) e educação, leitura e recreação (0,02% para 0,44%) completam a lista de despesas que pressionaram o indicador no mês passado.
Na outra ponta, a desaceleração da gasolina (de 8,35% para 1,82%) fez com que a inflação do grupo transportes cedesse de 2,52% para 0,67%. A taxa de despesas diversas também foi amenizada, de 1,16% para 0,61%. Ainda houve deflação em vestuário (0,11% para 0,33%) e comunicação (0,27% para 0,07%).
Quadrissemana
Da terceira para a quarta quadrissemana, quando o IPCS desacelerou de 1,47% para 1,41%, sete das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram variações mais baixas. A maior contribuição partiu do grupo transportes (1,42% para 0,67%), em que a gasolina passou de 4,56% para 1,82%.
Saúde e cuidados pessoais (0,83% para 0,70%), educação, leitura e recreação (0,68% para 0,44%), alimentação (1,09% para 1,02%), vestuário (0,22% para 0,33%), despesas diversas (0,83% para 0,61%) e comunicação (0,06% para 0,07%) também desaceleraram por causa de: artigos de higiene e cuidado pessoal (2,07% para 1,42%), passagem aérea (18,96% para 13,59%), hortaliças e legumes (6,24% para 4,00%), calçados infantis (2,53% para 1,96%), cigarros (0,49% para 0,05%) e mensalidade para internet (1,05% para 1,52%), respectivamente.
Em contrapartida, apenas o grupo habitação (3,19% para 3,71%) subiu por causa da energia elétrica, cuja taxa passou de 18,36% para 22,60%.
O IPCS apura uma média de inflação de sete capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo H orizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre e Brasília.
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