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Tombini diz que BC seguirá 'vigilante' para ter inflação no centro da meta
Veículo: Folha de São Paulo
Seção: Economia
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quarta-feira (18) que a autoridade monetária seguirá "vigilante" até que a inflação recue. Segundo ele, o objetivo é que a inflação mensal permaneça elevada apenas no início deste ano.
"A condução da política monetária está e continuará vigilante para assegurar que os efeitos dos ajustes de preços em curso sobre a inflação fiquem circunscritos ao curto prazo e para que o IPCA [índice oficial de inflação] convirja para o centro da meta de 4,5% em 2016", disse durante palestra em evento promovido pelo banco Goldman Sachs em São Paulo.
Segundo Tombini, alguns fatores levam a autoridade monetária a acreditar que o objetivo de controlar a inflação até o ano que vem será cumprido, como a alta recente dos preços administrados, cujos reajustes vinham sendo represados pelo governo federal, e os sinais de desaquecimento no mercado de trabalho.
A alta do dólar, que encarece os produtos importados, ajuda a pressionar a inflação. Para Tombini, contudo, o enfraquecimento de outras moedas, como o Euro, pode atenuar esse efeito no mercado doméstico.
AJUSTES
Tombini afirmou que, no entendimento do Banco Central, a economia brasileira está crescendo abaixo de seu potencial. Ele não esclareceu, contudo, qual taxa de expansão seria a ideal.
"Temos esse tipo de avaliação: qualquer que seja o potencial, ela cresce abaixo", disse.
Segundo o presidente do BC, a economia brasileira passa por um período de ajuste "importante e necessário".
"2015 será um ano de transição, de construção de bases mais sólidas para a retomada do crescimento econômico sustentável à frente. O governo federal está adotando um amplo, profundo e consistente conjunto de medidas fiscais, que inclui contenção de despesas correntes e parafiscais, eliminação de subsídios, realinhamento de tarifas públicas, bem como medidas de cunho mais estrutural. Com esse conjunto de medidas, busca-se assegurar uma trajetória favorável para a dívida pública", disse.
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