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Analistas reduzem projeções para PIB no ano

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

As expectativas do mercado para a inflação e a atividade econômica neste ano continuam a se deteriorar, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 7,47% para 7,77%, enquanto a do Produto Interno Bruto (PIB) saiu de queda de 0,58% para baixa de 0,66%.

As expectativas para a inflação têm se deteriorado devido principalmente ao aumento dos preços administrados (como gasolina e energia) à depreciação cambial. No primeiro caso, o Focus mostra que a mediana das previsões saiu de 11% para 11,18% em 2015, enquanto a expectativa para o dólar para o fim deste ano foi de R$ 2,91 para R$ 2,95. Na semana passada, o dólar ultrapassou a casa de R$ 3 pela primeira vez desde 2003.

Nos administrados, a maior pressão é proveniente dos novos reajustes na conta de luz. No fim de fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma revisão extraordinária nas tarifas de 58 distribuidoras de energia em todo o país, decisão que provocará um aumento médio de 23,4% para os consumidores até o fim deste mês.

Em fevereiro, a inflação foi fortemente pressionada por outro administrado ­ a gasolina. Sozinho, o combustível respondeu por 0,31 ponto, ou um quarto do IPCA do mês passado, de 1,22%. Em 12 meses, a inflação acumulou alta de 7,7%, maior taxa desde maio de 2005. Para março, os analistas elevaram sua estimativa de 0,95% para 1,14%.

Quanto aos juros básicos da economia, os analistas mantiveram a expectativa de que a Selic suba a 13% até o final deste ano, baixando a 11,50% até o fim de 2016, segundo o Focus. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 0,50 ponto percentual, para 12,75%.

A expectativa de inflação e atividade melhora em 2016 na comparação com 2015, embora tenham piorado um pouco na edição desta segunda­feira do Focus. A mediana para o IPCA foi de 5,50% para 5,51% e para o PIB baixou de expansão de 1,50% para 1,40%.



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