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Mercado piora expectativa para PIB em 2015 e prevê inflação de 7,77%

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

As expectativas do mercado para a inflação e a atividade econômica neste ano continuam a se deteriorar, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central.

A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 7,47% para 7,77%, enquanto a do Produto Interno Bruto (PIB) saiu de queda de 0,58% para retração de 0,66%.

As expectativas para a inflação têm se deteriorado por causa, entre outros motivos, do aumento dos preços administrados (como gasolina, energia elétrica etc.) e da depreciação cambial. No primeiro caso, o Focus mostra que a mediana das previsões saiu de 11% para 11,18% em 2015, enquanto a expectativa para o dólar para o fim deste ano passou de R$ 2,91 para R$ 2,95. Na semana passada, a moeda americana ultrapassou a casa dos R$ 3 pela primeira vez em mais de dez anos.

Nos preços administrados, a maior pressão é proveniente dos novos reajustes na conta de luz. No fim de fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma revisão extraordinária nas tarifas de 58 distribuidoras de energia em todo o país, decisão que provocará um aumento médio de 23,4% para os consumidores até o fim deste mês.

Em fevereiro, a inflação foi fortemente pressionada por outro administrado ­ a gasolina. Sozinho, o combustível respondeu por 0,31 ponto, ou um quarto do IPCA do mês passado, de 1,22%. Em 12 meses, a inflação acumulou alta de 7,7%, maior taxa desde maio de 2005. Para março, os analistas elevaram sua estimativa de 0,95% para 1,14%.

Quanto aos juros básicos da economia, os analistas mantiveram a expectativa de que a Selic suba a 13% até o final deste ano, baixando a 11,5% até o fim de 2016, segundo o Focus. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 0,50 ponto percentual, para 12,75%.

A expectativa de inflação e atividade melhora em 2016, embora as estimativas tenham piorado um pouco na edição desta segunda­feira do Focus. A mediana para o IPCA foi de 5,50% para 5,51% e para o PIB baixou de expansão de 1,5% para 1,4%.

Top 5

Os analistas Top 5 também elevaram sua estimativa para a inflação neste ano, mas mantiveram a previsão para o juro. A mediana de médio prazo para o IPCA subiu de 7,51% para 7,97% e a da Selic seguiu em 13%. Para 2016, o IPCA continuou em 5,45% e, o juro, em 11,5%.



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