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Inflação do produtor cai 0,13% em janeiro, aponta IBGE
Veículo: Valor Econômico
Seção: Economia
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,13% em janeiro, informou nesta quintafeira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira queda registrada pelo indicador desde julho, quando recuou 0,28%.
Em dezembro, o IPP subiu 0,59% na comparação com o mês anterior, resultado revisado de uma alta de 0,56%. Em 12 meses encerrados em janeiro, o IPP subiu 2,85%, com forte desaceleração ante os 12 meses encerrados em dezembro, quando o indicador teve alta de 4,46%.
O IPP mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. Em janeiro de 2014, o IPP havia subido 1,43%.
Em janeiro, 16 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 18 do mês anterior. As maiores altas ante dezembro ocorreram em fumo (2,57%) e impressão (1,76%) e as maiores baixas ocorreram em outros produtos químicos (2,30%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,23%).
Em termos de influência, o segmento outros produtos químicos puxou a queda do indicador ao retirar 0,15 ponto percentual da variação do mês. Refino de petróleo e álcool foi responsável por retirar mais 0,16 ponto e, alimentos, outro 0,10 ponto. Já o segmento de veículos automotores, ao subir 1,32%, teve a maior influência positiva, com 0,15 ponto percentual.
Na comparação com janeiro de 2014, as quatro maiores variações foram em bebidas (9,9%), outros equipamentos de transporte (9,48%), calçados e artigos de couro (8,45%) e fumo (8,44%). E as principais influências para o indicador vieram de veículos automotores (0,77 ponto percentual), metalurgia (0,46 ponto), alimentos (0,39 ponto) e outros produtos químicos (0,31 ponto).
Alimentos
Os preços dos alimentos na porta da fábrica caíram 0,52% em janeiro ante dezembro, primeira variação negativa desde julho do ano passado, quando recuaram 1,21%, de acordo com o IBGE. Em janeiro do ano passado, esse grupo registrou alta de 1,99%. O
s principais responsáveis por essa queda foram derivados da carne bovina e da soja: carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, carnes de bovinos congeladas e resíduos da extração de soja. Esses produtos tiveram influência de 0,79 ponto percentual na taxa de 0,52% do grupo alimentos.
Os preços desses itens foram influenciados pelo período de safra, quando a oferta é maior, segundo o IBGE.
O grupo alimentos teve influência de 0,10 ponto no IPP de janeiro, que recuou 0,13%.
Químicos
O segmento “outros produtos químicos” teve a maior queda (2,3%) entre os itens pesquisados pelo IBGE no IPP. Foi a maior variação negativa desde julho de 2012 (2,61%). Desta forma o setor acumulou nos últimos 12 meses uma variação de preços de 2,82%.
Os preços da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras (classes 2021 e 2022 da CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas) são muito ligados aos preços da nafta (insumo de produtos como o polietileno de alta densidade, o polipropileno e o estireno), que tiveram uma sensível queda de preços nos últimos 12 meses, explica o IBGE. Em contrapartida, no caso dos produtos químicos inorgânicos, as pressões observadas são altistas.
“Outros produtos químicos” teve a maior influência negativa (0,25 ponto) no IPP de janeiro, dentre todas os segmentos.
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