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Contrabando gera perda de até R$ 100 bi por ano, diz estudo

 

Veículo: Folha de São Paulo

Seção: Economia

Cálculo considera prejuízos da indústria nacional e impostos que não foram pagos

O contrabando de mercadorias é responsável por tirar cerca de R$ 100 bilhões do mercado formal brasileiro todos os anos, de acordo com estimativa do economista e presidente do Idesf (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras), Luciano Barros.

O cálculo considera prejuízos da indústria e impostos não pagos. Ele mostra também que só 10% das mercadorias contrabandeadas são apreendidas.

Apenas pela fronteira de Foz do Iguaçu, no Paraná, passam anualmente R$ 20 bilhões em mercadorias ilegais estimativa que computa itens apreendidos ou não.

ITENS APREENDIDOS

Entre os itens contrabandeados mais apreendidos, de acordo com o Idesf, o cigarro lidera o ranking, com 67,44% de todo o contrabando que é apreendido na fronteira de Foz do Iguaçu.

Só considerando os cigarros apreendidos no município paranaense, são cerca de R$ 6,4 bilhões em perdas, contando os prejuízos da indústria e o não pagamento de impostos.

Apenas em tributos, nesse caso, o governo deixa de arrecadar aproximadamente R$ 4,5 bilhões.

Além do prejuízo para as indústrias e cofres públicos, Barros, do Idesf, destaca ainda a informalidade. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, considerando a PEA (População Economicamente Ativa, que inclui quem está procurando emprego ou está ocupado), apenas 29% trabalham formalmente.

Na cidade paranaense, há cerca de 15 mil pessoas envolvidas diretamente com o contrabando grupo que inclui, entre outros, carregadores, motoristas e olheiros e que tem média salarial de R$ 985, segundo o estudo.

SACOLEIROS

Barros disse ainda que os chamados sacoleiros, pessoas que realizam compras no Paraguai para revender no Brasil, têm impacto pequeno dentro do montante que passa pela fronteira.

"O contrabando pesado mesmo é feito por um grupo extremamente organizado e que causa prejuízos bilionários à indústria nacional e aos cofres públicos", afirmou o presidente do Idesf.



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