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Dólar avança 1% sobre o real e juros futuros recuam das máximas

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

O dólar segue em forte alta ante o real nesta sexta-­feira, devolvendo mais da metade da queda de 1,75% registrada ontem. A moeda americana é sustentada pela alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e segue demandada diante do quadro incerto no plano doméstico.

Já os DIs saíram das máximas do dia, depois de ganharem força após um início de sessão em baixa. Segundo profissionais, o mercado de juros passa por uma ajuste, com o apetite por venda de taxa limitado pela valorização do dólar.

“O dólar vai continuar determinando a trajetória dos DIs, e os dois mercados têm reagido a todo esse ruído sobre concretização das medidas de ajuste econômico”, diz Paulo Celso Nepomuceno, estrategista da Coinvalores Corretora.

A sinalização do Banco Central de uma postura firme para mitigar os riscos inflacionários derivados da desvalorização do real tem amparado o alívio nos juros mais longos, mais associados à percepção de risco, tanto que a curva futura reduziu a inclinação positiva. Esse movimento foi determinado por declarações do diretor indicado de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, na última terça­feira.

Awazu disse que cabe à política monetária manter­se “especialmente vigilante” para que pressões de curto prazo na inflação na primeira parte do ano não se transmitam para horizontes mais longos.

Não à toa, a diferença entre o DI janeiro de 2021 e o DI janeiro de 2016 caiu de ­0,37 ponto percentual no dia 9, véspera das declarações de Awazu, para ­0,71 ponto hoje, em meio ao entendimento de que uma política monetária mais firme agora reduzirá a necessidade de juros mais altos à frente.

Às 11h15, a taxa do contrato para janeiro de 2021 estava em 12,490% ao ano, contra 12,489% no ajuste anterior, contra máxima de 12,570% e mínima de 12,450%. O DI para janeiro de 2017 recuava a 13,040%, ante 13,079% no ajuste de ontem, depois de variar entre 13,120% e 13,030%.

Já o DI janeiro de 2016, mais curto, também saiu da máxima do dia, com investidores mantendo as apostas para a política monetária. A taxa desse contrato estava em 13,160%, contra 13,199% no ajuste anterior. Na mínima, recuou a 13,160% e foi a 13,210% na máxima.

No câmbio, o dólar subia 1%, para R$ 2,8504, depois de alcançar R$ 2,8579. O dólar para março avançava 0,90%, a R$ 2,8605, após bater R$ 2,8685. 



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