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Empresas têxteis têm que investir em inovação em 2015

Veículo: Diário do Comércio Industria e Serviço

Seção: Economia

Setor amarga déficit de quase US$ 6 bilhões na balança comercial.

O setor têxtil registrou um déficit de US$ 5,9 bilhões na balança comercial em 2014. Houve queda de 6,7% nas exportações, alta de 4,8% nas importações e redução de 4,8% no faturamento, que foi de US$ 55,4 bilhões. Os dados, levantados pela Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, ilustram o cenário nacional e correspondem ao mesmo que foi vivenciado por Santa Catarina nos últimos 12 meses. “Foi um ano difícil para o setor têxtil e as perspectivas indicam estagnação para 2015”, alerta o presidente do Sintex - Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau e região, Ulrich Kuhn. No estado, houve queda na produção têxtil de 3,9% e de 10,5% no vestuário.

Para este ano, de acordo com dados da Abit, a produção têxtil crescerá apenas 0,3%, enquanto a confecção terá 0,7% e o varejo de vestuário, 0,4%. O saldo da balança comercial deverá ser ainda pior que o registrado em 2014: déficit de US$ 6,13 bilhões. Apesar do cenário negativo, o presidente do Sintex afirma que é possível passar por este período de turbulência econômica.

“As indústrias terão que trabalhar cada vez mais com planejamento, redução de custos e investir em inovação, visando produzir mais com menos”, sugere Kuhn.

Otimismo

Na Turnê do Mercado Têxtil, promovida pelo Sintex de 2 a 6 de fevereiro, apesar do cenário de contração econômica, o clima de otimismo deu o tom do evento. A iniciativa, que visa aproximar as indústrias e seus clientes, ocorreu nas cidades de Blumenau, Brusque, Joinville e São Bento do Sul, com a participação de 11 empresas têxteis da região: Atlântica, Bella Janela, Bouton, Buettner, Buddemeyer, Döhler, Fibrasca, Hedrons, Karsten, Lepper e Teka.

“O modelo de negócio sugerido pela TMT é ótimo, pois permite proximidade entre nós clientes e as indústrias. Temos que acreditar na recuperação e comprar produtos novos para atrair a clientela para a loja, caso contrário, o cenário será mesmo ruim”, destacou Valter Raimundo Teles Júnior, da WD Enxovais, com três lojas em Goiás e Tocantins.

Mesma opinião é compartilhada por Renata Pereira de Andrade, da Jurandir Pires, rede com 12 lojas de varejo em Recife (PE). “Mesmo com o ano difícil o volume de compras nesta edição da TMT deve ser o mesmo do ano passado. Vamos nos manter positivos e ser otimistas com as oportunidades”, afirmou.

A TMT

O objetivo da Turnê do Mercado Têxtil é estreitar o relacionamento entre compradores de todo o Brasil e as indústrias têxteis da região, permitindo o atendimento personalizado. Durante cinco dias, ocorrem visitas nos show rooms e nas fábricas das empresas que integram o projeto.



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