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Líderes da China se reúnem e conselheiros recomendam meta de expansão de 7% em 2015

 

Veículo: O Estado de São Paulo

Seção: Economia

Os líderes da China vão se reunir na terça-feira para um encontro anual com o objetivo de delinear planos econômicos e de reformas para o próximo ano, e alguns conselheiros influentes junto ao governo estão recomendando que o corte da meta de crescimento em 2015 para 7 por cento.

 

 

A China parece estar a caminho de não atingir sua meta de crescimento este ano pela primeira vez desde 1999, e a expansão no ano deve ser a mais fraca em 24 anos. O governo cortou sua meta de crescimento anual pela última vez em 2012, para 7,5 por cento ante o objetivo de 8 por cento que manteve por oito anos.

 

Fontes disseram que institutos administrados pelo governo, que são influentes no processo de tomada de decisão mas não têm poder em si, estão planejando recomendar que Pequim reduza sua meta oficial para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 para 7 por cento.

 

"O presidente Xi (Jinping) já fez indicações sobre a meta de crescimento quando disse que expansão de 7 por cento é a mais alta do mundo", disse um economista sênior da Academia Chinesa de Ciências Sociais, que não quis ser identificado.

 

"Acredito que deveria ser 7 por cento caso não haja mais surpresas. Mas não pode ser menor que 7 por cento, do contrário podem haver problemas de emprego e de default de dívida".

 

A Conferência de Trabalho Econômico Central, que segundo a rádio estatal se reunirá a partir de terça-feira, pode reiterar uma política monetária prudente, porém fontes acreditam que o tom fundamental pode ser acomodativo para combater uma forte desaceleração do crescimento.

 

Economistas esperam que as autoridades embarquem na maior campanha de estímulos econômicos desde a crise financeira global, prevendo uma combinação de mais cortes de juros e reduções de taxas de compulsório de bancos para encorajar os empréstimos apesar da crescente inadimplência.

 

Após meses dizendo que grandes medidas de estímulos não eram necessárias, o banco central surpreendeu os mercados em 21 de novembro ao cortar a taxa de juros pela primeira vez em mais de dois anos.

 

Diversos institutos também sugeriram que o governo reduza sua meta para inflação ao consumidor para cerca de 3 por cento, ante os 3,5 por cento deste ano, dada a queda dos preços de commodities.



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