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Após Copom, analistas veem fim das elevações de juros no início de 2015

 

Veículo: Folha de São Paulo

Seção: Economia

Analistas do mercado financeiro, que estavam divididos quanto ao ritmo –0,25 ponto ou 0,5 ponto– de elevação dos juros pelo Banco Central, veem a chance de o recente ciclo de aperto monetário chegar ao fim no início de 2015.

Isso porque, em seu comunicado, o BC argumentou que sentiu os "efeitos cumulativos" da retomada de alta dos juros e que "esforço adicional" tende a ser "implementado com parcimônia". O BC elevou a taxa Selic (juros básicos da economia brasileira) de 11,25% para 11,75% ao ano por unanimidade entre os diretores.

Para André Perfeito, economista da Gradual, a palavra "parcimônia" significa que o próximo aumento de juros, em janeiro, poderá ser de 0,25 ponto e não mais de 0,5 ponto. Ele prevê que a taxa chegue a 12% e que possa ficar por aí.

"Os efeitos da política monetária já são sentidos no nível de emprego e na atividade econômica modesta. O pessimismo acentuou esses efeitos. A equipe econômica com uma postura mais conservadora também ajuda o BC a conduzir a inflação para o centro da meta em 2016", disse Perfeito.

Para Tatiana Pinheiro, economista do Santander, os juros deverão chegar a 12,5% no final do ciclo atual de aperto nas taxas, apesar da aceleração do ritmo de aumento dos juros. Ela acredita que o próximo aumento, em janeiro, poderá ser de mais 0,5 ponto.

"Essa decisão vem em linha com a sinalização [com a nova equipe econômica] de busca de maior confiança na política monetária e fiscal", disse Pinheiro.

Na quinta-feira (11) da próxima semana, sai a ata da reunião do Copom, que trará o detalhamento de quais fatores influíram na decisão e perspectivas do comitê. 



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