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Consumidor está pessimista com inflação e mercado de trabalho, diz FGV

 

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

RIO  -  A forte queda observada no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em novembro foi influenciada pela deterioração da expectativa dos entrevistados a respeito da inflação, do mercado de trabalho e dos juros.

O ICC, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), recuou 6,1% de outubro para novembro, passando dos 101,5 pontos, para 95,3 pontos. A retração é a mais intensa desde outubro de 2008, quando houve recuo de 12,5%.

"A queda foi motivada pela economia, e me parece claro que consumidor vai se tornar ainda mais cauteloso com relação aos gastos e o comprometimento de renda", afirmou o coordenador de sondagens conjunturais da FGV, Aloísio Campelo.

Para o economista, uma confiança menor pode levar a uma retração no consumo das famílias em um horizonte de três a seis meses. "Tecnicamente, tudo mais constante, esse fator tente a agir como um redutor do crescimento [econômico]", disse Campelo.

Tabi Thuler, pesquisadora do Ibre, observou que houve um recuo importante na intenção de compra de bens duráveis, de 4,8% em novembro, o maior desde março de 2009. “Parece que o consumidor tem preferido trocar a aquisição de novos equipamentos por quitação de dívidas", disse. A diminuição da confiança do consumidor em novembro ocorreu em todas as faixas de renda, mas com mais intensidade na faixa acima de R$ 4.800 reais por mês.

Tabi observa que a queda na confiança vem sendo observada há alguns meses e isso também tem relação com o aumento dos preços. Há uma parcela maior de pessoas apostando em inflação mais elevada, acima de 8% nos próximos 12 meses.

Com relação ao emprego, 62,2% veem uma situação mais difícil para buscar emprego atualmente e 34,7% acreditam que será mais difícil encontrar trabalho no futuro.



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