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Dólar fecha em queda em meio a especulação sobre equipe econômica

 

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

SÃO PAULO  -  O dólar fechou em queda frente ao real pelo segundo dia consecutivo, com investidores aproveitando para promover uma correção no câmbio e realizar parte dos lucros após a recente alta da moeda americana, que sobe 4% no mês. Rumores em relação ao novo ministro da Fazenda seguem influenciando os negócios, enquanto o mercado espera o anúncio da nova equipe econômica, aguardado para esta semana.

O dólar comercial caiu 0,54% e fechou a R$ 2,5762, descolando do movimento de alta da moeda americana no exterior. Já o contrato futuro para dezembro ampliou a queda após a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc) e recuava 0,56%, cotado a R$ 2,576. 

Mais uma vez o mercado de câmbio local foi influenciado por especulações em relação à escolha do novo ministro da Fazenda. Após reunião da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem, em Brasília, outros nomes voltaram a circular no mercado para o comando da pasta, entre eles o de Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro Nacional no governo Lula e hoje no Bradesco, além do atual presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que são vistos com perfil mais ortodoxo e poderiam trazer um choque de credibilidade com o abandono de manobras fiscais para cumprir o superávit primário.

O presidente do Banco do Central, Alexandre Tombini, que chegou a ser apontado pelo mercado como um dos possíveis indicados para o cargo, deve continuar à frente da autoridade monetária, segundo apurou o Valor.

Dilma afirmou recentemente que anunciaria o substituto de Guido Mantega no Ministério da Fazenda ap ós a reunião do G-20, ocorrida no último fim de semana.

Mais cedo, comentários do atual ministro da Casa Civil, Aloysio Mercadante, afirmando que o compromisso com o superávit primário é o objetivo principal para o ano que vem, foi bem recebido pelo mercado como um sinal do governo em direção a um ajuste da política fiscal, vista como o ponto mais crítico da atual política econômica.

“Precisa haver uma notícia muito ruim agora para o dólar ir além dos R$ 2,60. Enquanto isso, ficar comprado nesses níveis não parece ser uma boa estratégia, por isso o dólar, timidamente, começa a cair”, diz o profissional da área de câmbio de uma corretora. 

Lá fora, o dólar reduziu a alta frente às principais divisas após a divulgação da ata da última reu nião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc).

O Dollar Index, que acompanha o desempenho da divisa americana frente a uma cesta com as principais moedas zerou a alta e caía 0,19%.

A ata do Fomc trouxe um sinal mais “dovish” que o esperado ao manter a expressão que a taxa de juros deve continuar baixa por um “período considerável”.

Os integrantes do Fomc ainda destacaram a preocupação com o cenário externo, alertando que o crescimento nos Estados Unidos pode desacelerar no médio prazo se as condições externas deteriorarem, ressaltando que veem aumento dos riscos na Europa, China e Japão. 

Os membros do Fomc ainda apontaram que a inflação ainda deve continuar em baixa no curto prazo, uma vez que a expectativa é que de o crescimento no médio prazo seja um pouco menor.



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