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Springs vai reduzir lojas próprias

 

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

 

Silvia Costanti/Valor

Josué Gomes da Silva, da Springs: "Cenário macroeconômico não ajudou"

 

A Springs Global, subsidiária da Coteminas e dona das marcas de artigos de cama, mesa e banho Artex, Santista e MMartan, informou que planeja reduzir o número de lojas próprias que possui, como parte do plano para melhorar seus resultados financeiros no longo prazo. A companhia encerrou o terceiro trimestre com 236 lojas entre unidades próprias e franquias, três a mais que o verificado no terceiro trimestre de 2013. Desse total, 116 são unidades próprias, entre lojas MMartan e Artex.

Gustavo Kawassaki, diretor de relações com investidores da Springs, disse que a companhia planeja reduzir o número de lojas próprias para 50. A meta é converter pelo menos 25 em franquias no curto prazo, mantendo como próprias só as unidades com faturamento superior a R$ 3,6 milhões.

O executivo também disse que a companhia começou a atuar com lojas Artex apenas com unidades próprias porque a rede ainda estava em fase de avaliação. Agora, as lojas dessa bandeira são lucrativas e, na visão do executivo, estão prontas para entrar no modelo de franquia, como a MMartan.

O negócio de varejo responde por 13% da receita total da Springs e, na avaliação dos executivos da companhia, o desempenho da área ficou aquém das expectativas. "Mas estamos implantando mudanças e acredito que os resultados serão melhores daqui em diante", disse. A receita do varejo aumentou 14% frente ao terceiro trimestre de 2013, para R$ 73 milhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ficou negativo em R$ 6 milhões, ante um resultado negativo de R$ 3 milhões um ano antes.

O resultado foi associado a custos na ampliação e reforma de lojas, elevação em gastos administrativos e com aluguéis de lojas em shopping centers e aumento nos custos dos produtos. "O cenário macroeconômico não ajudou no terceiro trimestre e continuará não ajudando por conta dos custos elevados", disse Josué Gomes da Silva, presidente da Springs.

No trimestre, a Springs também apresentou resultado ruim na América do Norte, com queda de 1% na receita, para R$ 180 milhões, e de 51% no Ebitda, para R$ 4 milhões. O executivo disse que a alienação de ativos fixos elevou os custos com depreciação e amortização. A Springs fechou o trimestre com lucro líquido total de R$ 4,8 milhões, ante prejuízo de R$ 6,7 milhões um ano antes.

Por conta dos resultados no trimestre, Silva espera fechar 2014 com resultados próximos das projeções mais baixas feitas pela companhia. "Na América do Norte não vamos atingir os R$ 740 milhões de receita consolidada mínima. Por isso, a receita total no ano vai ficar mais próxima dos R$ 2,15 bilhões", disse. Para o Ebitda, a previsão é também fechar o ano com resultado próximo da estimativa mais baixa, de R$ 200 milhões.



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