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Decepcionado com política fiscal, mercado de juros segue pressionado

 

Veículo: Valor Econômico

SÃO PAULO  -  Os juros futuros seguem pressionados nesta quarta-feira, de olho nos sinais pouco animadores sobre a evolução da política fiscal. As taxas oscilam perto do nível do ajuste de fechamento de terça-feira, quando o noticiário local provocou uma disparada no nível dos DIs.

A notícia de que o Congresso Nacional um projeto de lei que permite o abatimento dos investimentos do PAC e as desonerações tributárias da meta de superávit primário deste ano sugeriu ao mercado que a prática de contabilidade criativa continua prevalecendo. E praticamente jogou por terra a expectativa de que o segundo mandato de Dilma Rousseff traria marcas de maior responsabilidade fiscal, sobretudo no que diz respeito a transparência.

Operadores dizem que, embora as taxas futuros e o dólar tenham subido bastante, os preços ainda não refletem completamente essa mudança de humor. Existe um receio, segundo operadores, de que alguma boa notícia - como a indicação de um ministro da Fazenda de credibilidade junto ao mercado - apareça e reverta a tendência dos preços. Depois de semanas de reviravoltas no cenário e, consequentemente, de muitas perdas, investidores preferem aguardar “na retranca” por definições.

Isso justifica o baixíssimo volume de negócios que se vê nos últimos dias. “Tem muita gente com vontade de apostar contra, mas não quer fazer isso agora, enquanto a equipe não sai”, diz um operador.

Às 10h25, contratos de DI janeiro/2017 eram negociados a 12,71%, ficando estáveis em relação a terça-feira. Contratos de DI janeiro/2021 tinham taxa de 12,60%, de 12,61% no último fechamento. 



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