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Para analistas, dólar no curto prazo deve oscilar entre R$ 2,50 e R$ 2,60

 

Veículo: Folha de São Paulo

Seção: Economia

O dólar atingiu R$ 2,56 nesta segunda, e as apostas da maioria do mercado são que fique no atual patamar, entre R$ 2,50 e R$ 2,60 até que se definam os nomes da próxima equipe econômica.

Com as indefinições internas e também externas, analistas não fazem ainda previsões para o médio prazo como, por exemplo, qual deve ser o dólar médio do próximo ano, valor importante para o planejamento das empresas.

A cotação nas próximas semanas dependerá, primeiro, do nome indicado para o Ministério da Fazenda e da política de sua equipe.

Depois, a taxa de câmbio responderá a: 1) juros nos EUA (um aumento deve absorver investimentos nos emergentes), 2) transações do país com o exterior (balança comercial e financeira) e 3) percepção de risco da economia (a avaliação do país pelas as agências de risco).

Dessas variáveis, um aumento dos juros americanos está descartado pelo menos em médio prazo, devido à recuperação lenta dos EUA.

Por outro lado, não é esperada uma reação tão cedo da balança comercial, devido ao recuo nos preços do petróleo, alimentos e minerais. O banco Goldman Sachs prevê que o petróleo do tipo cru desça a US$ 70 até abril de 2015. Nesta segunda, fechou a US$ 80,76%, com baixa de 0,32%.

Finalmente, os investimentos estrangeiros podem rarear com um possível rebaixamento da nota de crédito do país. A agência Moody´s colocou o país em perspectiva negativa. As rivais Fitch e Standard & Poor´s comentaram que o cenário continua difícil para as empresas brasileiras.

"O dólar está em cima do muro a R$ 2,50. Tanto pode ir para um lado quanto para o outro", disse Nathan Blanche, sócio da Tendências.

"O mercado deve operar nesse patamar [entre R$ 2,50 e R$ 2,60] até saírem os nomes da nova equipe", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Para ele, a moeda só vai para casa de R$ 3,00 se a presidente sinalizar que não haverá mudança na condução da política econômica.

Para a consultoria BBH Global Currency, especialista em moedas, o rumo do dólar está mais para alta. "Mesmo se a presidente mostrar uma face mais ortodoxa na economia, isso talvez não seja suficiente para ela colher os frutos imediatamente", disse a BBH, em relatório.



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