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IstoÉ premia as empresas mais conscientes do Brasil

 

Unilever foi a grande vencedora da premiação, que reuniu as mais importantes companhias do País

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Confira os vencedores

Em uma cerimônia realizada em São Paulo na noite da quinta-feira 23, a revista IstoÉ premiou as empresas mais conscientes do Brasil. Ao todo, 14 companhias foram contempladas. Todas elas demonstraram estar dispostas a implantar um novo modelo de desenvolvimento e colocaram em prática ações baseadas em um capitalismo moderno e em consonância com o meio ambiente e a sociedade em que estão inseridas. Em sua primeira edição, o Prêmio IstoÉ Empresas+Conscientes recebeu as inscrições de mais de 150 companhias de pequeno, médio e grande portes de todo o País e de praticamente todos os setores da economia brasileira.

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O presidente da Unilever, Fernando Fernandez, recebe 
o prêmio de Empresa Mais Consciente do Brasil

“A participação de tantas empresas nesse primeiro ano comprova a tese de que o lucro e compromisso com o País são, mais do que compatíveis, objetivos complementares a qualquer negócio. Ainda mais relevante do que o número de inscritas são os exemplos dessas companhias”, diz Caco Azulgaray, presidente-executivo da Editora Três.

No espaço Rosa Rosarum, na Zona Oeste da capital paulista, centenas de pessoas, entre representantes das empresas, convidados e membros da imprensa, acompanharam a entrega dos prêmios.

A grande vencedora desta primeira edição do Prêmio IstoÉ Empresas+Conscientes foi a Unilever. A companhia anglo-holandesa foi a que mais se destacou entre todas as empresas que se inscreveram. E o resultado não foi uma surpresa. Focada não apenas nos lucros, a Unilever mostra na prática que se preocupa tanto com seus resultados quanto com as pessoas que ajudam a fazê-la uma das maiores companhias do mundo, o meio-ambiente e as comunidades onde está inserida. No Brasil, as fábricas da companhia não enviam mais resíduos para aterros sanitários. Tudo é reciclado e reaproveitado. Na área social a empresa investiu, só em 2013, R$ 22,7 milhões em diferentes projetos que beneficiaram mais de 2,3 milhões de pessoas no País. “Se as companhias não repensarem seus processos, no futuro vamos precisar de três planetas para atender ao crescente nível de consumo”, diz Fernando Fernandez, presidente da Unilever no Brasil.

Para a Editora Três, reconhecer as empresas que adotam ações como essas é parte de um compromisso de longo prazo. "A Editora Três tem orgulho de ser a primeira dentro de um grande grupo de comunicação a ter jogado luz sobre as questões sustentáveis", afirma Caco Alzugaray. "As práticas de capitalismo consciente estão se tornando muito relevantes no mundo e começam a ganhar força também no Brasil."

Ao todo, foram distribuídas 19 premiações para empresas de pequeno, médio e grande portes, de todos os ramos de atividades, que se destacaram ao repensar o propósito de seus empreendimentos e o papel dos negócios no mundo atual e assimilaram que a sua contribuição social vai além da geração de lucro, renda e empregos. Além de ter sido a vencedora geral, a Unilever também recebeu prêmios na categoria de Empresa + Consciente de Grande Porte (faturamento acima de R$ 300 milhões) e na categoria Modelo de Negócio de Impacto. Na categoria de Médias Empresas (com faturamento entre R$ 16 milhões e R$ 300 milhões), a vencedora foi a construtora goiana Newinc. Entre as menores, o título de Empresa+Consciente foi da Feitiços Aromáticos, uma companhia que produz cosméticos e aromatizantes.

Robson Rocha, vice-presidente de gestão de pessoas e desenvolvimento sustentável do Banco do Brasil, vencedor na categoria Trabalhadores entre as empresas grandes, destacou a credibilidade dada pela revista IstoÉ ao evento. "Esse prêmio é muito importante pela seriedade e pela forma de organização", afirmou. "Recebê-lo é uma honra muito grande para o Banco do Brasil, pois nosso maior ativo são nossos funcionários."

O Prêmio IstoÉ Empresas+Conscientes segue uma tendência mundial. Nos Estados Unidos, os conceitos centrais do capitalismo consciente estão ganhando eco em empresas como a Whole Foods, maior varejista de produtos orgânicos do mundo, a Patagonia, grife de roupas esportivas, e a companhia aérea Southwest. No Brasil, o modelo já encontra exemplos valorosos. “Uma empresa não pode visar exclusivamente o lucro, mas precisa ter um conjunto de valores”, diz Camila Valverde, diretora de sustentabilidade do Walmart Brasil. “Quando vamos lançar uma marca, pensamos no que ela pode trazer de conceitos e como contribui para mudanças de comportamento positivas”, diz João Paulo Ferreira, vice-presidente comercial e de sustentabilidade da Natura. Em entrevista à IstoÉ, o guru indiano Rajendra Sisodia, fundador do movimento capitalismo consciente, resumiu suas ideias em uma frase: “Muitas empresas estão começando a descobrir que devem aderir a uma abordagem diferente para o negócio, que se baseia na criação de valor em vez da exploração”. 

"Esse tipo de premiação nos fortifica e nos mostra que estamos inovando no caminho certo", diz Claudio Carvalho, presidente da Newinc, vencedora do prêmio geral entre as empresas de médio porte.

Para Divino Sebastião Souza, diretor-presidente da Algar Telecom, vencedora na categoria Governança entre as companhias grandes, o Prêmio IstoÉ Empresas+Conscientes tem tudo para se consolidar como um dos mais importantes do País. "A seriedade e a transparência com que foi feita essa premiação a tornam uma das melhores prêmios dessa área", disse. "Temos um plano forte de sustentabilidade e receber esse prêmio é uma honra."

"É um grande reconhecimento ao nosso trabalho e uma enorme honra receber esse prêmio", diz Raquel Cruz, da Feitiços Aromáticos, vencedora gera entre as companhias de pequeno porte. "Não imaginava que os valores que eram pessoais e de família pudessem ser reconhecidos pela sociedade."

A avaliação das companhias que participaram do Prêmio foi feita pela metodologia do B Lab, organização norte-americana dedicada a certificar empresas com práticas alinhadas ao lema: "Não ser apenas as melhores empresas do mundo, mas as melhores para o mundo". No Brasil, essa cuidadosa avaliação é coordenada pelo Sistema B.

Desde 2007, o B Lab desenvolve os questionários que avaliam as empresas em cinco dimensões: Governança / Modelo de negócios / Relações com os funcionários / Relações com a comunidade / Meio ambiente. As respostas geram uma pontuação de 0 a 200 pontos.

A pontuação inicial obtida pelas empresas com o preenchimento dos questionários foi analisada pelo Conselho Consultivo do Prêmio, formado por especialistas com experiência nos temas e nesse tipo de avaliação, para identificar eventuais distorções. Essa etapa levou em conta a média histórica global das mais de mil empresas que já responderam ao questionário. O Conselho podia desqualificar empresas com pontuações muito desproporcionais ou pedir a revisão. Após isso, foram definidas as 15 empresas finalistas.



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