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Indústrias criam estratégias para estimular a formação do trabalhador

 

Veículo: Portal Fiesc

Seção: Economia

Viagens culturais e sorteio de notebooks estão entre as formas encontradas para reconhecer trabalhadores que se qualificam

Na Brandili, trabalhadores assíduos são
                    premiados com viagens culturais e notebooks. Foto:
                    Divulgação/Brandili
Na Brandili, trabalhadores assíduos são premiados com viagens culturais e notebooks. Foto: Divulgação/Brandili

Florianópolis, 27.10.2014 - Empenhadas em elevar a escolaridade básica dos trabalhadores, empresas do Vale do Itajaí adotam diversas estratégias para atrair e reter os estudantes em sala de aula. As iniciativas são resultados do Movimento A Indústria pela Educação, liderado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), que estimula o setor a investir na qualificação do trabalhador e amplia a oferta de serviços educacionais.

Na Brandili, indústria têxtil de Apiúna, o programa de elevação da escolaridade, que ganhou o nome de Tempo de Estudar Brandili, procurou identificar as principais causas da evasão escolar para criar ações que reduzam este entrave. Para os estudantes mais assíduos, a empresa financia uma viagem cultural a museus, teatros, cinema, roteiros históricos, entre outros. Além disso, os 30 trabalhadores que registram o melhor desempenho no ano no ensino médio são premiados com notebooks. As solenidades de formatura celebram o encerramento do ano letivo.

A companhia permite ainda que trabalhadores de outras indústrias, a comunidade e os familiares dos seus colaboradores frequentem as aulas. De acordo com a gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Claudia Orçati, elevar a escolaridade aumenta a produtividade e as chances de evoluir na carreira. Ela destaca que a Brandili preza pelo desenvolvimento profissional dos colaboradores, mas também quer incentivar o crescimento pessoal. "O conhecimento é algo para o resto da vida. Além de aumentarmos a qualificação da força de trabalho, proporcionamos estudo e experiências culturais às pessoas faz com que a empresa cumpra seu papel social e de cidadania", conclui.

Até 2016, a BN Papel Catarinense, de Benedito Novo, quer ter 90% dos seus colaboradores com a educação básica completa. A meta foi estabelecida em programa criado com o auxílio do SESI, entidade da FIESC, para melhorar os índices de escolaridade dos trabalhadores. Entre os incentivos estão o subsídio para consultas oftalmológicas e óculos e a promoção condicionada ao nível de escolaridade. "Com o andamento do programa já observamos a diminuição do déficit de escolaridade da empresa, um indicador que acompanhamos semestralmente", relata Michelle Tribess, supervisora de recursos humanos da BN Papel Catarinense. A empresa de médio porte já foi reconhecida duas vezes consecutivas como uma das melhores empresas para trabalhar em Santa Catarina. Além disso, conquistou na última semana o prêmio FIESC A Indústria pela Educação.

Já na Baumgarten, o anseio por cursos voltados à educação de jovens e adultos foi manifestado pelos próprios trabalhadores em pesquisa de satisfação interna. Por conta disso, a empresa implantou escola in company que atende cerca de 20 trabalhadores. Outros 46 colaboradores da Baumgarten frequentam aulas na unidade do SESI de Blumenau. "A educação básica dos nossos trabalhadores é importante para manter nossa empresa competitiva frente a um mercado cada vez mais tecnológico", afirma o presidente da indústria e vice-presidente da FIESC para o Vale do Itajaí, Ronaldo Baumgarten Júnior.

Incentivar a qualificação contínua também é o objetivo de uma campanha criada pela Eletro Aço Altona, indústria de fundição e usinagem de peças em aço e ligas especiais. A companhia emprega cerca de mil colaboradores e, boa parte destes, participam de alguma capacitação - desde o ensino básico, cursos técnicos até programa de idiomas e pós-graduações. "O Movimento A Indústria pela Educação inspirou nossa campanha e temos obtido resultados importantes", conta Karine Bona, analista de treinamento da área de Gestão de Pessoas.

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2013, 46% dos trabalhadores formais do Vale do Itajaí possuem escolaridade básica incompleta. Este número sobe para 54% considerando apenas trabalhadores em atividades industriais. Na região, mais de 300 empresas tornaram-se signatárias do Movimento liderado pela FIESC e buscam melhorar esses indicadores por meio de ações que promovam a educação do trabalhador.



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