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Consumidor vê inflação de 7,5% em 12 meses, pior cenário desde 2005

 

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

SÃO PAULO  -  Piorou a percepção do brasileiro a respeito da trajetória da inflação nos próximos 12 meses, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, apurado pela instituição, aumentou para 7,5% em outubro, de 7,3% em setembro, retornando ao nível de abril de 2014, o mais alto desde novembro de 2005 (7,8%). Observado em médias móveis trimestrais, o indicador passou de 7,2% para 7,3%.

A deterioração das expectativas pode ser resultado da percepção de aceleração recente da inflação, que se mantém pressionada principalmente pelo grupo dos alimentos, afirmou, em nota, a economista Viviane Seda Bittencourt, da  FGV/Ibre.

De fato, após de arrefecer em meados do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a acelerar. Depois de marcar alta de apenas 0,01% em julho, subiu a 0,25% em agosto e a 0,57% em setembro, último dado disponível. O grupo alimentos, que marcou três meses consecutivos de deflação, subiu 0,78% em setembro. Em 12 meses, o IPCA acumulou alta de 6,75%, enquanto os alimentos subiram 8,21%.

A inflação esperada pelos consumidores é maior que a prevista pelo mercado nos 12 meses seguintes. De acordo com o boletim Focus, divulgado na segunda-feira pelo Banco Central, os analistas esperam que o IPCA suba 6,37% nos próximos 12 meses. 

A pesquisa da FGV ainda mostra que cresceu a proporção de consumidores que veem a inflação em patamar mais alto: o percentual daqueles que estimam taxa de 7% (valor mais citado) nos próximos 12 meses subiu de 23,6% para 25,7% e daqueles que a veem em 8% foi de 15% para 16,8%.

Enquanto isso, caiu a fatia dos que citam valores relativamente mais baixos. Em setembro, 13,4% estimavam a inflação em 6%; agora são 11,6%. Os que veem a inflação em 6,5% saíram de 13,5% para 13,3% no período.

Previsões de inflação pontuais de 10% ficaram relativamente estáveis e a frequência relativa de valores superiores a 12% tem caído ligeiramente.



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