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Mercado foca atenção em crescimento mundial

 

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

Vários indicadores de atividade estão previstos para a semana e podem amplificar a tensão dos mercados em torno do desempenho da economia mundial, o que, no limite, significa um temor de que haja nova retração dos países centrais e risco de deflação na Europa.

Essa situação redunda também em uma mudança nas expectativas para o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos e no Reino Unido, que podem precisar postergar os ajustes se houver uma piora significa nas condições financeiras. Por outro lado, a pressão por mais medidas na zona do euro, China e Japão pode crescer significativamente. Portanto, dados de inflação e atividade têm ainda mais importância nas próximas semanas.

Nos Estados Unidos, o destaque da semana é a divulgação do CPI (índice de preços ao consumidor) de setembro. No curto prazo, a valorização do dólar e os preços ao produtor fracos colocam alguma pressão descendente nas expectativas para os preços ao consumidor, além da queda dos preços de energia.

Em agosto, o índice surpreendeu negativamente, revertendo fatores de pressão observados no início do ano, estes relacionados ao clima muito frio. O índice cheio deve ter variação de 1,6% (taxa anual) em setembro, contra 1,7% em agosto. O núcleo deve subir 1,8%, ante 1,7%.

Na Europa, os PMIs (índices de gerentes de compras) são os dados mais importantes da semana, tanto na Alemanha como na zona do euro. O PMI composto da zona do euro deve cair pelo terceiro mês consecutivo, para 51,6 em outubro, de 52,0 em setembro. É o primeiro indicador importante do quarto trimestre.

O setor industrial deve registrar ligeira contração por conta do declínio de novas ordens, novas encomendas e estoques de bens finais. O setor de serviços também deve mostrar contração, de declínio de 52,4 em setembro para 52,0 na primeira estimativa de outubro, embora a queda seja em um ritmo mais lento do que no mês anterior.

O Banco da Inglaterra (BoE) publica a ata de sua última reunião e será importante observar sinais dos membros do comitê de política monetária quanto ao nível de folga na economia e o comportamento dos salários. De toda forma, o documento mais importante será o Relatório de Inflação, a ser divulgado em 12 de novembro, que trará projeções e análises sobre o estado da economia.

A primeira estimativa do PIB no Reino Unido deve mostrar pequena desaceleração no terceiro trimestre em relação ao segundo. Na comparação trimestral, o crescimento deve cair de 0,9% para 0,7% (dessazonalizado). Para a taxa anual é esperada desaceleração de 3,2% para 3,0%.

Na China, o mercado tem uma previsão de crescimento do PIB mais lento no terceiro trimestre do que os 7,5% observados no segundo. Os dados de agosto foram surpreendentemente fracos, mas podem mostrar alguma melhora em setembro. A produção industrial e as vendas no varejo devem refletir aumentos sazonais e subir 8,0% (frente ao ano anterior) e 12,0%, respectivamente, de 6,9% e 11,9%.



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