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Projeções de mercado indicam indústria retraída e atividade estagnada em 2014

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

O pessimismo em relação ao dinamismo da economia brasileira persiste e levou o mercado financeiro a reduzir, novamente, a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto deste ano. A estimativa caiu de 0,81% para 0,79% no décimo-segundo corte consecutivo, mostrou o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central. Para 2015, a previsão para a alta do PIB foi mantida em 1,2% na mediana de projeções.

O mercado também vê um quadro pior para a produção industrial neste ano. A previsão de queda para setor foi ampliada, segundo o Focus, de -1,53% para -1,76%. Para o ano que vem, a estimativa para a indústria segue inalterada em alta de 1,70%.

Para a inflação, os analistas baixaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 de 6,26% para 6,25%. Apesar do ajuste de previsão para o ano, para os próximos 12 meses a projeção para o IPCA subiu de 6,19% para 6,21% - terceira elevação consecutiva. Para 2015, a expectativa foi mantida em 6,25%

Outra projeção negativa foi divulgada ontem pela Serasa Experian, que estimou que, puxada pela queda de investimentos e o tombo da indústria, a atividade econômica caiu 0,6% em junho e fechou o segundo trimestre com retração de 0,9%. Na comparação com o mesmo período de 2013, o Indicador de Atividade Econômica caiu 1% e, no semestre, acumula recuo de 0,7%.

Os economistas da Serasa atribuem o fraco desempenho em junho à conjuntura econômica mais adversa, "marcada pela queda dos níveis de confiança tanto de consumidores quanto de empresários, pelos juros altos e pelo menor número de dias úteis [em função da Copa]", diz a instituição em nota.

O desempenho ruim no trimestre, segundo a Serasa, foi puxado pela queda dos investimentos - pela ótica da demanda - e pelo recuo da indústria, quando se olha a oferta de bens e serviços. Os investimentos caíram 6,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro e 11,3% na comparação com igual período de 2013. Já o setor industrial caiu 2,7% em relação aos três primeiros meses do ano e recuou 4,3% sobre um ano antes.

 



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